Policiais da reserva treinam para reforçar segurança de abrigos no RS
Foram abertas mil vagas para policiais da reserva atuarem nos abrigos no Rio Grande do Sul, mas a procura foi de apenas 285 oficiais
atualizado
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Os policiais que se inscreveram no edital de chamamento para membros da reserva iniciaram treinamento no sábado (11/5), visando reforçar a segurança dos abrigos no Rio Grande do Sul.
Foram aberta mil vagas para ex-integrantes da Brigada Militar (BM) do estado, permitindo que retornem às atividades por um período inicial de 90 dias, com possibilidade de prorrogação.
Como a procura foi baixa, de 285 oficiais da reserva, a BM reabrirá o formulário de inscrição. A partir de segunda-feira (13/5), os policiais que enfrentaram dificuldades ou que não tiveram conhecimento do edital durante o prazo inicial poderão se inscrever para participarem do programa.
Treinamento
Durante o fim de semana, os inscritos participaram de um curso de atualização, abordando protocolos de atendimento em diversos casos.
“Temos uma quantidade considerável de abrigos que exigem policiais para atender à comunidade gaúcha. As pessoas nos abrigos vão receber a ajuda desses policiais do PME que estão retornando. Os policiais que já se apresentaram passaram por um rápido treinamento, e diante da demanda, devem estar prontos no domingo. Eles começam trabalhar na tarde de segunda-feira (13/5)”, afirmou o chefe do Estado-Maior da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Luigi Pereira.
Para atuarem, os militares precisam completar o curso de atualização. No primeiro dia, os selecionados assistiram a aulas teóricas sobre temas como violência doméstica conforme a Lei Maria da Penha, saúde mental, Novo Regimento da Brigada Militar, policiamento antirracista e instruções para utilizar o aplicativo BM Mob, usado para registrar ocorrências e atos administrativos.
Já no segundo dia, os militares passaram por treinamento e prova de tiro, para se adaptarem ao armamento atual.
O tenente Vitor Nunes, que ingressou na reserva há pouco mais de um ano e foi afetado pela enchente de abril, foi um dos oficiais que se inscreveram no programa.
“Eu mesmo tive minha casa alagada. A casa de idosos da qual minha esposa é proprietária também foi tomada pelas águas. Tivemos que retirar 23 idosos com a ajuda dos bombeiros e do aparato de segurança pública. É impossível viver tudo isso e não voltar a contribuir, ainda mais sabendo que tenho condições de voltar a trabalhar para ajudar o povo rio-grandense”, contou.
O último boletim da Defesa Civil, divulgado na manhã deste domingo (12/5), apontou 81.170 vítimas em abrigos, enquanto 537.380 pessoas permanecem desalojadas.