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Suzano: polícia pede apreensão de 3º suspeito de participação no crime

O participante, cujo nome não foi revelado, já foi ouvido pela polícia. Há a hipótese de haver ainda um quarto envolvido

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Vídeo tragédia em Suzano
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Enviado especial a Suzano (SP) – O delegado-geral de Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, disse, nesta quinta-feira (14/3), que existe a possibilidade de haver um terceiro adolescente  envolvido no planejamento do massacre em Suzano, que teria sido idealizado desde 2018.

A apreensão do adolescente, que seria um ex-colega de classe de Guilherme Taucci Medeiros, de 17 anos, um dos atiradores, já foi pedida pela polícia. O adolescente não foi ao local da tragédia na quarta-feira (13/3), dia do tiroteio. A maior parte das conversas entre o grupo aconteciam pessoalmente, segundo a investigação.

A polícia trabalha com a hipótese de um quarto envolvido. Uma pessoa, ainda não identificada, foi vista no estacionamento onde os atiradores guardaram o carro. “Imagens de fotografia estão sendo analisadas para chegar à identidade”, destacou Ruy.

O delegado disse que, desde o inicio, a intenção dos assassinos era agir com crueldade e que, por isso, eles teriam se organizado com um alto poder de letalidade. “Eles queriam fazer o maior número de vítimas”, comentou, ao dizer que eles se inspiraram, segundo testemunhas, no massacre de Columbine, nos EUA, em abril de 1999.

Sem revelar detalhes das investigações, Ruy comentou o que se sabe até o momento. O delegado disse que aguarda resultados de laudos e análises de materiais apreendidos. “É muito cedo para traçar a dinâmica do crime dentro da escola. É uma presunção dizer que um matou o outro. Temos que aguardar os laudos dos corpos para concluir isso”, afirmou.

O delegado não confirmou o uso de redes sociais e outros meios de comunicação para a articulação do atentado e tampouco confirmou supostas pesquisas de formas de disseminar o ódio e a violência doméstica. “A motivação tem mais um caráter de reconhecimento da sociedade dele. Eles não se sentiam reconhecidos”, destacou.

Desavença familiar
Guilherme baleou o tio, Jorge Antonio de Moraes, por desavenças familiares. O delegado confirmou que o jovem chegou a cometer pequenos furtos na loja do familiar.

Contudo, o chefe da delegacia não precisou se os valores foram usados para comprar as armas usadas no crime. O carro usado na investida foi pago com cartão de crédito. O dono não teve o nome divulgado.

Veja imagens do massacre em Suzano (SP):

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Além dos 10 mortos, muitos alunos e funcionários ficaram feridos

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Entenda o massacre em Suzano (SP)

A escola de Suzano, onde ocorreu o massacre, fica a cerca de 50 quilômetros da capital, São Paulo, e tem ensino fundamental e médio, além de um centro de línguas. Lá estudam cerca de mil alunos e trabalham 121 funcionários.

 

Vítimas
Entre as vítimas estão duas funcionárias da instituição de ensino, Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier. Cinco jovens, todos estudantes do ensino médio, e um comerciante da região também perderam a vida no ataque.

Caio Oliveira, Claiton Antonio Ribeiro, Douglas Murilo Celestino, Kaio Lucas da Costa Limeira, Samuel Melquiades Silva Oliveira estavam no pátio, durante o intervalo das aulas, quando foram surpreendidos pelos tiros.

Jorge Antônio Moraes, dono de uma locadora de veículos que fica ao lado do colégio, foi o primeiro a ser atingido pelos atiradores. Ele seria tio de Guilherme. Jorge foi socorrido e levado ao hospital municipal de Suzano, mas não resistiu.

Durante coletiva de imprensa, o comandante da PM de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou que os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, impediram que os criminosos entrassem em uma sala de aula e atirassem contra outros 10 alunos, os quais se escondiam no espaço.

Veja imagens do sepultamento das vítimas:

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Sepultamento de vítima do massacre de Suzano

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Caixão sendo enterrado em Suzano

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Velório dos mortos na escola em Suzano

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Velório de vítimas do ataque em escola de Suzano

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Vídeos
Minutos após o ataque, um cenário de horror se formou no colégio Raul Brasil. As imagens mostram alunos caídos no chão e uma grande quantidade de sangue espalhada pelo local. Na gravação, é possível ver ao menos cinco corpos nos corredores da escola.

Estudantes correm no pátio, gritando em direção à pessoa que está gravando. Em desespero, uma aluna pede socorro. “Me ajuda, meu Deus”, berrou, ao sair correndo.

Imagens gravadas por câmeras de segurança na rua da escola filmaram o momento em que os dois atiradores estacionaram um Ônix branco em frente ao colégio e entraram para cometer o massacre. O vídeo foi divulgado pelo site O Antagonista.

Nas imagens, é possível ver o carro estacionando em frente ao portão de entrada da escola. Logo em seguida, o passageiro desce do veículo e parece conversar com o motorista. Com uma mochila nas costas e carregando algo nas mãos, ele deixa a porta por onde saiu aberta e dá a volta por trás do automóvel, parando ao lado da janela do condutor.

O rapaz parece continuar o diálogo com o motorista do carro por alguns instantes, em seguida se vira e entra na escola. O condutor demora no veículo por alguns minutos, mas logo sai com certa pressa e atravessa o portão do colégio. Assim como seu comparsa, ele levava uma mochila nas costas e carregava algo nas mãos. Em poucos segundos, vários adolescentes aparecem fugindo.

Após os assassinatos, Guilherme Taucci Monteiro, o mais novo, matou Luiz Henrique de Castro e cometeu suicídio.

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