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Polícia revela causa da morte de homem encontrado dentro de geladeira

Corpo foi descoberto no local durante uma ordem de despejo. Vítima morreu há cerca de sete anos em Aracaju (SE)

atualizado

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1 de 1 imagem colorida corpo encontrado geladeira sergipe - Foto: Reprodução/Jairo Júnior

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe informou, na manhã desta segunda-feira (18/12), que Celso Adão Portella, encontrado morto dentro de uma geladeira, morreu há cerca de sete anos vítima de queda da própria altura.

O corpo de Celso estava em uma mala na geladeira de um apartamento e foi localizado durante uma ordem de despejo, em 20 de setembro deste ano. A companheira dele, uma técnica de enfermagem, de 37 anos, foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha dela. O advogado e jornalista Celso teria 80 anos

“Foi evidenciada uma fissura na parte frontal do crânio. Isso indica que ele teve um traumatismo craniano, decorrente de uma possível queda, visto que a fissura era diminuta, não podia ter sido causada por nenhum instrumento contundente, nenhuma ação contusa”, disse o perito e diretor do Instituto Médico Legal de Sergipe, Victor Barros.

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Apartamento foi encontrado em condições insalubres
Atualmente, Celso teria 80 anos
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Corpo foi encontrado dentro de mala em geladeira

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Atualmente, Celso teria 80 anos

Arquivo pessoal

Homicídio

De acordo com o diretor da perícia, não foi possível determinar se houve ou não homicídio. “A perícia não é capaz de informar se essa queda foi espontânea, ou seja, se ele escorregou e caiu, ou se ele foi empurrado. Vale ressaltar que ele era uma pessoa com mobilidade reduzida, visto que tinha uma enfermidade no joelho, fato que gerou o implante de uma prótese. Tinha também diagnóstico de doença de Parkinson, o que também contribui para a perda de mobilidade”, detalhou Victor.

Segundo a perícia, Celso Adão Portella caiu, bateu a cabeça e entrou em um chamado “intervalo lúcido”. “É o tempo em que o sangue começa a se acumular na caixa craniana. Quando chega no momento em que o sangue já é vultoso, ele gera um processo intracerebral, que gera o coma, e em seguida, a morte”, explicou Barros.

Professor universitário

Natural de Ijuí, no norte do Rio Grande do Sul, Celso Adão Portella construiu a vida em Porto Alegre (RS). Ele deixou o estado em 2001, quando a mãe morreu, foi para o Espírito Santo e, depois, os irmãos perderam contato. Celso tem 12 irmãos e deixou quatro filhos.

A convite da Universidade Tiradentes, o advogado se mudou para Sergipe, onde trabalhou de 2005 a 2008 como professor e coordenador do curso de direito do campus de Propriá (SE). Segundo a Polícia Civil, ele recebeu aposentadoria até 2019 pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em 23 de outubro, o corpo foi liberado pelo IML de Sergipe e levado para o Rio Grande do Sul, onde foi sepultado.

Ocultação de cadáver

A companheira de Celso acabou presa por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha dela, de 4 anos, que morava no imóvel onde o corpo foi encontrado. Em depoimento à Polícia Civil, ela informou que a vítima teria morrido em 2016, mas negou ter cometido o homicídio. Ela está internada no Hospital de Custódia e deve passar por nova avaliação em janeiro de 2024.

Durante o cumprimento da ordem de despejo, o apartamento foi encontrado sujo, com lixo entulhado e objetos espalhados. Para a polícia, a situação era insalubre para a criança, que está em acompanhamento do Conselho Tutelar e seguiu para ser cuidada pela família materna.

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