Polícia quer detalhes da entrada de agressor em prédio de empresária

A entrada do agressor Vinícius Serra, de 27 anos, no condomínio da empresária e paisagista Elaine Caparróz, de 55 anos, ainda continua sem explicação. A delegada Adriana Belém, titular da 16ª DP, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, responsável pela investigação do espancamento, disse, nesta segunda-feira (25/2), que pretende esclarecer o acesso de Vinícius ao prédio da vítima. A informação é do jornal Extra.

“Vou pedir conversas anteriores que os dois tiveram em redes sociais. Vou esclarecer a possibilidade de ele ter falado sobre a sensação de matar alguém”, disse a delegada. Adriana Belém acredita, ainda, na chance de Elaine ter sido dopada.

“Ela [Elaine] relata ter tido lapsos de memória. Lembra de algumas coisas, como o fato de que ele fazia com que ela voltasse a si. Me parece que ele tinha satisfação de fazer a pessoa sofrer”, declarou a delegada.

Depoimentos foram prestados nesta segunda por ao menos 10 pessoas, incluindo Elaine. Vinícius não quis falar na delegacia quando foi preso e será ouvido apenas em juízo. O inquérito deve ser concluído ainda hoje.

Elaine presta depoimento sobre o caso. Ela chegou ao local acompanhada do advogado Evandio Bianor dos Passos Filho e de um casal de amigos. “Está sendo difícil, mas estou em busca de justiça por todas as mulheres que passaram por isso”, disse a empresária, na porta da delegacia.

Entenda
Elaine Caparróz foi espancada, por quatro horas, pelo lutador e estudante de direito Vinícius Serra, no último dia 16. A agressão ocorreu durante um encontro no apartamento dela, que foi marcado pela paisagista e pelo estudante, após os dois conversarem por oito meses em uma rede social.

O espancamento causou marcas no corpo da vítima. Elaine sofreu descolamento de retina, perdeu um dente, levou 60 pontos na boca, e ainda está com manchas provocadas por mordidas nos braços e hematomas nas pernas.