Polícia prende suspeitos de envolvimento na morte de professor LGBT
Lindolfo Kosmaski desapareceu no dia 30 de abril e no dia seguinte seu corpo foi encontrado carbonizado dentro de um carro
atualizado
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A Polícia Civil prendeu na sexta-feira (7/5) três suspeitos de envolvimentos na morte de um professor que desapareceu em São João do Triunfo, na região sul do Paraná.
Lindolfo Kosmaski desapareceu no dia 30 de abril e no dia seguinte o corpo foi encontrado carbonizado em seu carro. O professor era homossexual e ativista ligado ao Movimento Sem Terra (MST) e ao Partido dos Trabalhadores.
De acordo com a polícia, os suspeitos têm idade entre 20 e 39 anos e conheciam a vítima. A investigação busca apurar a motivação do crime.
Para o MST, indícios apontam para crime de ódio, provocados por homofobia. “Pois os assassinos, além de dispararem dois tiros contra o jovem LGBT, carbonizaram seu corpo”, argumenta o movimento.
Professor no Colégio Estadual Francisco Neves Filho, Lindolfo Kosmaski chegou a sair candidato a vereador pelo PT em 2020, mas não foi eleito.
Em nota, o partido lamentou a morte.
“Neste momento de dor, prestamos toda a solidariedade à família, amigos e esperamos que os órgãos competentes possam acelerar as investigações e encontrar os responsáveis por esse crime hediondo. LGBTfobia é crime e interrompe trajetórias como a de Lindolfo, em uma sociedade democrática e de direito não há espaço para barbárie, ódio e intolerância”, diz a nota.