Polícia prende suspeito de matar jovem de 22 anos em parada LGBT+
Briga começou por causa de esbarrão, e suspeito ficou dois meses foragido. Crime ocorreu em Niterói, no Rio de Janeiro
atualizado
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O jovem Luiz Henrique de Lima Cardoso, 22 anos, morreu assassinado durante a Parada do Orgulho LGBT+ de Niterói (RJ) por causa de um esbarrão. É o que disseram testemunhas em depoimento para a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O crime foi registrado na noite de 7 de agosto, e a prisão do autor ocorreu nessa segunda-feira (10/10).
Uma briga entre Luiz Henrique e Matheus de Souza Cardoso, 24 anos, começou por volta das 20h na praia Icaraí. O motivo inicial teria sido um esbarrão entre os dois no meio da multidão que curtia a parada.
Durante a discussão, Luiz jogou um copo de bebida em Matheus. Amigos conseguiram separá-los. Parecia que a confusão tinha acabado, mas os dois acabaram se encontrando novamente na festa, e a confusão ficou mais intensa.
Segundo testemunhas, Matheus sacou um canivete e golpeou Luiz na cabeça, acima da sobrancelha esquerda. A lâmina chegou a ficar presa na vítima, e Matheus teria pisado no peito do desafeto para retirar a arma branca.
Correria
No momento do crime, houve pânico entre os frequentadores da parada, que saíram correndo desesperados. Uma das testemunhas relatou que “viu sangue espirrando da cabeça do Luiz”.
A irmã da vítima estava na festa e presenciou toda a cena. Ela tentou socorrer o jovem esfaqueado, mas Luiz acabou atingido por outros golpes de canivete na cabeça, segundo denúncia do Ministério Público.
“O crime foi praticado por motivo fútil, pois tudo se iniciou com um esbarrão da vítima no denunciado”, afirmou a promotora Elisabete Figueiredo Felisbino. Matheus responde por homicídio qualificado, já que, além do motivo fútil, não houve meios de a vítima se defender.
Após informações repassadas ao disque-denúncia, Matheus foi preso pela Polícia Civil do Rio na última segunda-feira. Ele estava escondido em um centro espírita no bairro Sangri-Lá, em Belford Roxo (RJ), segundo o site O São Gonçalo, parceiro do Metrópoles.
O Judiciário decretou a prisão de Matheus ainda em meados de agosto, e ele ficou foragido por cerca de dois meses. A reportagem entrou em contato com a defesa de Matheus e aguarda retorno.