Polícia prende sete acusados por explosão em laboratório de drogas
Segundo a investigação, no local seria fabricado o entorpecente cheirinho da loló, um tipo de lança-perfume, vendido em bailes do Rio
atualizado
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Rio de Janeiro – Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam sete acusados de envolvimento na explosão de um laboratório de drogas que funcionava em um prédio de três andares na comunidade Mandela, em Manguinhos, zona norte do Rio. As causas do incêndio, que aconteceu na tarde de quinta-feira (28/10), estão sendo investigadas.
De acordo como delegado Marcus Amim, os criminosos produziam o entorpecente conhecido como cheirinho da loló, derivado mais barato do lança-perfume. O objetivo era vender para comunidades da Mandela, Manguinhos e Jacaré. “No Rio, os traficantes misturam clorofórmio e álcool absoluto com essência, o velho cheirinho da loló. Os produtos são altamente inflamáveis”, afirmou.
Entre os sete presos, que foram localizados em hospitais e continuam internados, está Laila Francisca de Lima, de 32 anos. Em 2018, ela chegou a ser presa por comandar um centro de preparo e distribuição de frascos de lança-perfume, cheirinho da loló e efedrina, também na comunidade Mandela, para comercializar em bailes funk, no Rio e na Baixada Fluminense.
Os presos vão responder por lesão corporal, tráfico de drogas e associação para fins de tráfico. Entre os dez feridos na explosão, está um adolescente de 13 anos, que mora com a mãe em um imóvel ao lado. Ele foi intoxicado pela fumaça e precisou ser internado.