Polícia prende mulher envolvida em assalto ao Banco Central no Ceará
Mulher de 41 anos é suspeita de ajudar a ocultar parte dos R$ 160 milhões roubados por meio de túnel em um dos crimes mais famosos do país
atualizado
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Uma força-tarefa de combate ao crime organizado no Ceará prendeu, nesta quarta-feira (16/3), uma mulher suspeita de ocultar cerca de R$ 160 milhões roubados do Banco Central do estado, em 2005. O crime ganhou grande notoriedade, pois os criminosos fugiram por meio de um túnel de 75 metros.
A suspeita, de 41 anos, foi presa em Boa Viagem, a 220 quilômetros de Fortaleza. Ela foi condenada por lavagem de dinheiro no caso.
O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal do Ceará e cumprido pela Polícia Federal. Participaram da operação outros orgãos de segurança como as Polícias Civil (PC), Militar (PM) e Rodoviária Federal (PRF).
Também fizeram parte da força-tarefa o Departamento Penitenciário Nacional, a Secretaria de Administração Penitenciária, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará e a Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A mulher presa hoje seria amiga de confiança de envolvidos diretos no assalto, e uma das responsáveis por ocultar o montante de R$ 164,7 milhões. A pena dela havia sido extinta por prescrição, mas o Ministério Público Federal (MPF) recorreu.
Em março de 2021, a segunda turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, acatou o MPF e determinou que a suspeita cumprisse pena pela participação no delito.
Relembre o caso
Considerado como um dos maiores assaltos do país, o roubo ao Banco Central de Fortaleza ocorreu no fim de semana de 5 e 6 de agosto de 2005. Os criminosos furaram um túnel por baixo das estruturas do prédio com 75 metros de comprimento.
O delito só foi descoberto na segunda-feira, quando os ladrões já tinham fugido. Eles tiveram ajuda de funcionários do BC e planejaram o roubo por três meses.
O grupo desviou mais de três toneladas de papel moeda para uma empresa de fachada, onde os sacos foram escondidos. O imóvel foi alugado para este propósito, e dizia ser uma loja de grama natural e sintética.
Quase 130 pessoas foram denunciadas por participação direta ou indireta no esquema pela Justiça Federal do Ceará.