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Polícia prende foragido pelo assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio

As investigações apontaram que o preso, ex-policial militar, foi responsável por pesquisar a rotina da vítima

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Bicheiro Fernando Iggnácio, assassinado em 2020
1 de 1 Bicheiro Fernando Iggnácio, assassinado em 2020 - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nessa sexta-feira (3/1), um dos responsáveis pelo assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio, ocorrido em 10 de novembro de 2020. De acordo com a polícia, o foragido foi capturado em Ciudad del Este pela Polícia Nacional do Paraguai. A investigação contou com o apoio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

As investigações apontaram que o preso, ex-policial militar, foi responsável por pesquisar a rotina da vítima e o tipo de arma usada no crime.

O bicheiro Fernando Iggnácio foi executado a tiros de fuzil no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 10 de novembro de 2020, quando retornava de uma viagem a Angra dos Reis, na Costa Verde. Ele foi surpreendido no estacionamento de um heliponto e levou vários tiros na cabeça.

De acordo com a polícia, o foragido realizou “levantamentos sobre diversos outros contraventores executados, demonstrando um estudo de caso para que a ação criminosa contra Fernando Iggnacio não tivesse falha”.

Após o assassinato, ele fugiu do Brasil e foi capturado ao tentar emitir documentos no Paraguai. Os agentes identificaram que ele usava um documento brasileiro falso.

O preso será encaminhado à Polícia Federal e ficará à disposição da Justiça. Contra ele, há dois mandados de prisão por homicídio.

Fernando Iggnácio, rival de Rogério Andrade

Iggnácio era ex-genro de um dos mais famosos bicheiros do estado, Castor de Andrade, que morreu em 1997. Ele foi investigado por supostamente estar ligado a homicídios e à máfia dos caça-níqueis no estado.

O bicheiro herdou do ex-sogro as máquinas de caça-níqueis e de videopôquer. Castor de Andrade, que foi presidente do time de futebol e patrono da escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, sofreu infarto fulminante em abril de 1997 e sua herança segue sob disputa intensa entre familiares

Iggnácio também era apontado como um dos principais “clientes” do Escritório do Crime, grupo de matadores que pratica assassinatos sob encomenda no Rio.

Em março de 2021, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o bicheiro Rogério Andrade como o mandante do assassinato de Iggnácio, Desde a morte de Castor de Andrade, ambos disputavam o território da máfia do jogo do bicho na zona oeste do Rio. Rogério Andrade é sobrinho de Castor.

Rogério Andrade foi preso, após uma nova denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-MPRJ).

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