Polícia prende dois ativistas por suspeita de incêndio a Borba Gato
A Justiça decretou a prisão preventiva de três manifestantes por atearem fogo à estátua do bandeirante, em 24 de julho
atualizado
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São Paulo — A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nessa sexta-feira (6/8), dois manifestantes suspeitos de incendiar a estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, em 24 de julho.
O líder do grupo Entregadores Antifascistas, o motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo, está detido no 11º Distrito Policial (Santo Amaro). O motorista Thiago Vieira Zem também foi levado para a mesma delegacia.
De acordo com o G1, outro ativista, o torcedor corintiano Danilo Oliveira, o Biu, é procurado pela polícia. A defesa aponta que ele deve se entregar na próxima segunda (9/8).
O grupo intitulado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio. Segundo eles, o objetivo da ação era alertar a população sobre o histórico do bandeirante Borba Gato, cujo histórico de exploração de terras é marcado pelo extermínio e pela escravização de indígenas e negros.
A juíza Gabriela Marques Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decretou a prisão preventiva após pedido da Polícia Civil e do Ministério Público (MP). Os três manifestantes respondem por incêndio, dano, adulteração de veículo e associação criminosa.
Paulo Galo estava preso temporariamente desde 28 de julho no 2º DP (Bom Retiro). Na quinta-feira (5/8), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura do ativista, mas a Justiça de primeira instância não emitiu o alvará.
Além dele, a esposa, a costureira Géssica de Paula Silva Barbosa, foi detida quando chegou à delegacia. Eles se apresentaram espontaneamente, e Géssica foi solta posteriormente pela Justiça após pedido da defesa.