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Polícia prende 31 suspeitos pelo sumiço de meninos em Belford Roxo

São 56 mandados de prisão contra suspeitos do desaparecimento das crianças. Só na operação desta quinta (9/12), 16 foram presos no Castelar

atualizado

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Lucas Matheus, de 8 anos, o primo dele Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique, de 11, desaparecidos em 27 de dezembro de 2020, em Belford Roxo
1 de 1 Lucas Matheus, de 8 anos, o primo dele Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique, de 11, desaparecidos em 27 de dezembro de 2020, em Belford Roxo - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) cumprem na manhã desta quinta-feira (9/12) 56 mandados de prisão na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. As prisões permitirão encerrar o inquérito que apura o desaparecimento dos meninos Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre da Silva, 11, e Fernando Henrique, 12, que, segundo a polícia, foram mortos.

Até a atualização desta reportagem, 31 pessoas foram presas – 15 delas já estavam no sistema penitenciário. Os alvos da polícia teriam participação no crime contra os meninos, que aconteceu em dezembro do ano passado. Outras 16foram detidas nesta quinta. Houve ainda duas prisões em flagrante.

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Alexandre da Silva,10; Lucas Matheus da Silva, 8; e Fernando Henrique Ribeiro, 11, desapareceram em 27/12/2020, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ)
Os três garotos saíram de casa de manhã para brincar no campo de futebol ao lado do condomínio onde moravam e não retornaram na hora do almoço
O dono de um bar situado no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, disse que viu as crianças um dia após saírem de casa. Imagens de uma câmera confirmaram o relato
A polícia começou a investigar o envolvimento de traficantes do Complexo do Castelar no desaparecimento das crianças
Ao revisar imagens registradas por câmeras de segurança instaladas em imóvel no bairro vizinho, os promotores identificaram os três andando pela rua na data em que sumiram
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Divulgação/Polícia Civil
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Alexandre da Silva,10; Lucas Matheus da Silva, 8; e Fernando Henrique Ribeiro, 11, desapareceram em 27/12/2020, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ)

Divulgação/Polícia Civil
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Os três garotos saíram de casa de manhã para brincar no campo de futebol ao lado do condomínio onde moravam e não retornaram na hora do almoço

Divulgação/Polícia Civil
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O dono de um bar situado no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, disse que viu as crianças um dia após saírem de casa. Imagens de uma câmera confirmaram o relato

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A polícia começou a investigar o envolvimento de traficantes do Complexo do Castelar no desaparecimento das crianças

Marcos Paulo Ribeiro Lopes, Comunicação Social da Prefeitura de Belford Roxo
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Ao revisar imagens registradas por câmeras de segurança instaladas em imóvel no bairro vizinho, os promotores identificaram os três andando pela rua na data em que sumiram

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Na época, a polícia trabalhava com a hipótese de que o sumiço dos meninos estaria ligado ao roubo de pássaros do tio de um gerente de tráfico do Castelar, o Stala

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Segundo as investigações, os meninos teriam sido capturados pelos traficantes quando retornavam para casa. Foram espancados e torturados. Um deles teria morrido durante a sessão de tortura. Os outros dois foram mortos em seguida

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Um homem testemunhou contra o irmão e afirmou que o parente jogou os corpos das crianças, em sacos plásticos, no rio que faz limite entre os municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias. O local é conhecido como desova de cadáveres

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A polícia chegou a encontrar restos mortais no local. Porém, as ossadas não eram das vítimas

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As crianças teriam sido espancadas e mortas a mando de José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha, traficante da região

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Às vésperas de completar um ano do desaparecimento, 51 pessoas se tornaram alvo de ação da polícia. Desses, 33 suspeitos foram presos pelo caso. Dos investigados, 5 são acusados do triplo homicídio, com ocultação de cadáver

Reprodução de vídeo
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Tia Paula teria participado da operação para sumir com os corpos dos meninos. Ela era envolvida com o Stala. Os dois foram mortos por outros traficantes do Castelar, contrários à execução dos meninos

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As investigações apontam que a autorização para matar os meninos foi dada por Doca, integrante do Comando Vermelho, sem saber que eram crianças. Os traficantes passaram a negar a morte delas dentro da própria facção

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Assim, de acordo com a polícia, instaurou-se um tribunal do tráfico no Castelar, dentro da facção. Stala, Piranha e Tia Paula teriam sido mortos por causa da execução dos três meninos

Tânia Rego/Arquivo/Agência Brasil
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Uma conversa entre dois traficantes, interceptada pela polícia, é uma das provas no inquérito sobre o desaparecimento dos meninos

Reprodução de vídeo

As investigações apontam que os garotos foram mortos por traficantes do Castelar por terem furtado passarinhos. Cinco dos mandados de prisão são pelo triplo homicídio com ocultação de cadáver das crianças. 

Os outros são por associação para o tráfico. Lucas Matheus, Alexandre Silva e Fernando Henrique sumiram no dia 27 de dezembro, depois que saíram de casa para brincar. Os três foram vistos pela última vez a caminho da Feira de Areia Branca.

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