Polícia não reconhece autoria de 8 das 25 mortes em operação no Rio
Operação realizada nessa terça-feira (24), terminou com 25 mortes, incluindo vítima de bala perdida
atualizado
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Rio de Janeiro – Das 25 mortes ocorridas nessa terça-feira (25/5) durante operação da Polícia Militar na comunidade Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio, ao menos oito não foram registradas pela corporação como provocadas por agentes do estado.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, lideranças comunitárias, no entanto, sustentam todas as mortes foram vítimas da polícia. Esses oito óbitos foram registrados como homicídio comum, o que dificulta o esclarecimento as mortes.
As mortes provocadas em confrontos com policiais são registrados na Delegacia de Homicídios (DH) como “mortes decorrentes de intervenção policial”.
Nesses casos, os boletins de ocorrência constam os agentes envolvidos na ação, incluindo de início a versão deles sobre o confronto, bem como as armas eventualmente apreendidas.
Operação
A operação, segundo a Polícia Militar, tinha o objetivo de prender mais de 50 traficantes que saíram em comboio da Rocinha para a Vila Cruzeiro. Um grupo de policiais à paisana, contudo, teria sido descoberto às 4h da manhã e, então, os tiros começaram. O confronto só terminou oito horas depois, ao meio-dia.
Sem apresentar provas, a PM afirmou que “ao menos 13 dos 25 mortos” eram envolvidos com o tráfico ou tinham antecedentes criminais — o que não justifica as mortes, claro. O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro abriram procedimentos para apurar “eventuais violações de direitos humanos” pela polícia.
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