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Polícia investiga se grávida encontrada morta foi assassinada pelo tráfico

A polícia também não descarta a participação do pai da criança no crime, que era casado

atualizado

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Corpo de manicure grávida é encontrado
1 de 1 Corpo de manicure grávida é encontrado - Foto: Reprodução

A mulher grávida encontrada morta na manhã dessa quinta-feira (10/9) na linha de trem em Deodoro, zona norte do Rio de Janeiro, pode ter sido morta por traficantes da favela do Triângulo, de acordo com a delegada responsável pelo caso, Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). As informações são do jornal O Dia.

Thaysa Campos dos Santos era manicure, de 23 anos, estava grávida de oito meses e desapareceu há uma semana. Segundo a delegada, a família da vítima ficou sabendo, na madrugada de quinta para sexta-feira, que ela estava com traficantes.

Ainda de acordo com as investigações, ela morreu em uma favela dominada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), mas também frequentava, por vezes, comunidades que têm a criminalidade controlada pelos rivais do Comando Vermelho (CV).

“Essa atitude de frequentar comunidades controladas por facções rivais pode ser interpretada por traficantes como informante, X9. E a gente sabe que essa desconfiança pode ser uma grande motivação para que esses criminosos cometam homicídios”, explicou a delegada Elen Souto.

Uma outra linha de investigação apurada pela DDPA é de que o pai do bebê e a esposa dele possam ter algum envolvimento com o assassinato de Thaysa. A Polícia Civil tem informações de que o casal também tinha conhecidos na comunidade do Triângulo. “O pai da criança era casado e nós sabemos que a mulher dele já havia dito categoricamente que essa criança não nasceria”, contou a delegada.

A delegacia especializada apura ainda uma terceira hipótese, de que ela possa ter sido morta por uma discussão com a esposa de um miliciano, duas semanas antes do desaparecimento. Na ocasião, a mulher teria chegado a agredir a jovem grávida.

Thaysa já estava na reta final da gravidez e desapareceu após ir à comunidade pegar uma bolsa de maternidade. “Pode ter sido uma emboscada”, afirmou a delegada. “O chá de bebê seria no domingo. Apesar de se mãe solteira, ela queria essa criança. O enxoval e lembrancinhas da bebê já estavam prontos. A pessoa que matou ela tem plena consciência de que estava matando duas vidas”, finalizou a delegada.

Como o corpo já estava em estado avançado de decomposição quando foi encontrado, a Polícia Civil não soube informar qual foi o motivo da morte de Thaysa. No entanto, foi constatado que a jovem não tinha sinais de aborto.

A Secretaria de Estado de Vitimados (SEVIT) informa que ofereceu atendimento psicológico e social para a família de Thaysa Campos. A equipe psicossocial conversou com a família da jovem grávida e vai acompanhar o caso.

 

 

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