Polícia investiga morte de enfermeira após lipoaspiração em Goiânia
Médica responsável pelo procedimento esteve envolvida em outros casos e chegou a ser impedida de exercer a profissão
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga a morte de uma enfermeira após complicações durante uma cirurgia plástica de lipoaspiração na capital goiana. Giselle Dias da Silva Barros, 42 anos (foto em destaque), morreu na quarta-feira (5/7) depois de ficar internada em um hospital de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana.
De acordo com o delegado que apura o caso, João Paulo Gomes, por enquanto, as informações são preliminares. Segundo ele, até o momento, o que se sabe é que Giselle fez a cirurgia e teve complicações no início da lipoaspiração. Porém, ela recebeu alta, foi para casa e, após passar mal novamente, recebeu atendimento no Hospital Santa Mônica.
Procedimento nas costas
A cirurgia, que previa uma lipoaspiração nas região das costas e no bumbum, foi realizada em abril deste ano. Segundo o advogado da médica Lorena Rosique, que operou Giselle, ao fim do procedimento nas costas, foi ordenado pelo anestesista a interrupção da cirurgia. Porém, o defensor não soube detalhar qual a intercorrência determinou a paralisação.
De acordo com o advogado, a paciente realizou todos os exame pré-operatórios e não foi detectado nenhum problema que impedisse a cirurgia. Ainda segundo ele, com a cirurgia interrompida, o anestesista ficou responsável pela paciente. No entanto, o nome do profissional não foi divulgado.
Após a intercorrência, a paciente passou por atendimento, recebeu alta médica e foi para casa. Conforme a defesa da médica, ela e a paciente, que eram amigas, mantiveram contato, e a médica chegou a visitá-la no hospital. Ainda segundo o advogado, apesar das complicações, Giselle queria finalizar o procedimento na região do bumbum. Para o advogado, a possível causa da morte não tem ligação com a cirurgia.
Impedida de exercer a profissão
A médica Lorena Rosique esteve envolvida em outros casos de complicações pós-cirúrgicas. Em um deles, divulgado pelo Metrópoles, mulheres denunciaram queimaduras, necroses e cicatrizes após procedimentos com a profissional.
Em 2022, a médica chegou a ser impedida de exercer a profissão. Ela tem o registro profissional suspenso também no estado de São Paulo. No entanto, segundo a defesa, isso ocorreu a pedido da própria médica, que já ela não atua mais no estado.
Em nota, o Cremego informou que, atualmente, a situação de Lorena é regular. Além disso, a entidade alegou que as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos tramitam em sigilo; por isso, não pode repassar informações sobre a apuração.