Polícia intima professora por “esquerdismo” e “doutrinação feminista”
O Colégio Estadual Thales de Azevedo, na Bahia, publicou nota de repúdio à intimação da docente para prestar depoimento à polícia
atualizado
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Uma professora do Colégio Estadual Thales de Azevedo, localizado no bairro do Costa Azul, em Salvador, foi intimada a depor na Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente após denúncias de que os conteúdos de suas aulas de ciências humanas estariam “enviesados”. A docente foi acusada de ensinar pautas de cunho “esquerdista” e com linguagens de “doutrinação feminista”.
A intimação revoltou a instituição de ensino, que publicou nota de repúdio sobre o caso. No documento, recebido em sala de aula na terça-feira (16/11), a professora foi acusada de “ferir a liberdade de cátedra e a autonomia pedagógica, princípios constitucionais fundamentais”.
Revoltado, o colégio afirmou em nota que “a intimação policial direcionada à professora censura seu exercício laboral e afronta todo o corpo docente”.
A instituição ainda pediu apoio das entidades que militam em defesa da educação para atravessar o momento.
Veja nota: