Polícia indicia seis pessoas no caso da morte de cabeleireira trans
Lorena Muniz, de 25 anos, morreu por asfixia após estar sedada para a realização de uma cirurgia de implante de silicone nos seios
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil indiciou seis pessoas por envolvimento na morte da cabeleireira transexual Lorena Muniz, após um incêndio em uma clínica de estética, no bairro Liberdade, centro de São Paulo, em 17/2/21.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou a informação. No entanto, não divulgou os nomes e as profissões dos indiciados, segundo reportagem do G1. O inquérito policial foi concluído em 1º de julho pelo 1º DP – Sé.
A pasta declarou que quatro deles foram responsabilizados por homicídio doloso e por dolo eventual, ou seja, quando se assume o risco de matar mesmo sem a intenção. Outros dois investigados respondem por omissão de socorro, por não terem ajudado Lorena a escapar do fogo. Eles respondem em liberdade.
Segundo apuração do G1, entre os indiciados estão os diretores da Clínica Saúde Aqui, onde ocorreu o incêndio; e donos da Clínica Paulino Plástica Segura, localizada em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, e que teria alugado o espaço oferecendo a equipe médica para operar a vítima.
Lorena Muniz morreu cinco dias após chegar ao hospital por asfixia ao inalar fumaça tóxica e quente das chamas, aponta laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML). A cabeleireira estava sedada em uma cama enquanto esperava para ser submetida a uma cirurgia de implante de silicone nos seios no momento em que teve início o incêndio.