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Polícia indicia 9 pessoas que fraudaram vacinação em hospital do Rio

Ex-funcionários do Hospital Municipal Miguel Couto são investigados, além de moradores que se passaram por médicos da unidade para vacinar

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Divulgação / Prefeitura do Rio
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1 de 1 hospital-municipal-miguel-couto1-1280×720 (1) - Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio

Rio de Janeiro – Investigação da Delegacia de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), da Polícia Civil do Rio, indiciou nove pessoas por falsidade ideológica e infração de medida sanitária por terem furado a fila de vacinação do Hospital Municipal Miguel Couto. O inquérito reuniu indícios de que os acusados receberam a vacina contra a Covid-19 sem estarem de acordo com o grupo prioritário.

De acordo com o delegado Thales Nogueira Braga, titular da unidade, o indiciamento é apenas a primeira fase da investigação, iniciada em fevereiro deste ano. O próximo passo é o cruzamento dos dados e a checagem de nome por nome da lista de vacinados na unidade. O objetivo é checar os dados com listas de servidores do hospital e cadastros de profissionais de saúde junto aos respectivos conselhos.

Segundo a polícia, em um primeiro momento, foram levantadas aproximadamente 200 situações suspeitas, mas ao longo da investigação diversas delas foram descartadas, após os vacinados comprovarem que são terceirizados da unidade de saúde ou acadêmicos de medicina que atuam no local.

A investigação apontou que, mesmo havendo no local cartazes indicando que o ponto de vacinação da unidade era destinado apenas a profissionais do próprio hospital, que estivessem à frente no combate à pandemia do coronavírus, e controle de acesso, ex-funcionários utilizaram seus crachás antigos para furar fila e receber a dose da vacina.

Há casos ainda de moradores da região que declararam falsamente serem médicos do hospital.

Os indiciados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, cuja pena pode variar entre um a cinco anos de prisão, além de multa; e Infração de Medida Sanitária, que tem pena de detenção que varia entre um mês a um ano, além de multa.

Os inquéritos foram encaminhados ao Ministério Público.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio não compactua com essa prática e está colaborando com as investigações.

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