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Polícia indicia 4 pelo acidente com carro alegórico no Rio de Janeiro

Engenheiro, motorista e diretores vão responder por lesão corporal culposa, cuja pena pode chegar a 5 anos de prisão

atualizado

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1 de 1 acidente - Foto: REPRODUÇÃO/TWITTER

A Polícia Civil indiciou quatro pessoas pelo acidente com o carro alegórico da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, que deixou 24 feridos no domingo de carnaval. Eles vão responder por lesão corporal culposa, cuja pena é de 6 meses a cinco anos de prisão. Foram indiciados o engenheiro que projetou o carro, Edson Marcos Gaspar de Andrade, o motorista do veículo, Francisco de Assis, e dois diretores da escola, Leandro de Azevedo Machado e Jaime Benevides de Araujo Filho.

“Foi uma tragédia anunciada. O motorista não tinha a menor visão da pista. Assim que o carro entrou na Avenida Presidente Vargas, outro veículo foi acoplado na frente, tirando a visão do motorista”, afirmou a delegada da 6ª Delegacia de Polícia, Maria Aparecida Mallet. Em depoimento à polícia, o engenheiro confirmou que projetou o carro alegórico de forma que o motorista não enxergaria a pista. Ele afirmou que essa é uma prática comum em escolas de samba, em que os motoristas são orientados por guias que ficam na pista, o que não ocorreu.

Em depoimento à polícia, o motorista disse que assim que o carro chegou à Avenida Presidente Vargas e o outro veículo foi acoplado, avisou ao diretor de Alegorias, Jaime Araujo Filho, que não estava enxergando a pista. Araujo Filho respondeu que ele continuasse dirigindo, porque teria ajuda. No entanto, o único guia foi o próprio Araújo Filho, que ficou à frente do carro alegórico, num ponto em que Assis não o via. Ele também não tinha rádio para se comunicar com o motorista.

No depoimento, Araújo Filho confirmou que orientou o motorista a continuar dirigindo o veículo. Ele, no entanto, não providenciou os guias necessários para auxiliá-lo. “O motorista foi indiciado porque assumiu o risco de causar acidente ao aceitar dirigir sem ter a visão da pista”, afirmou a  delegada. O quarto denunciado é o diretor de carnaval, Leandro de Azevedo Machado, uma espécie de administrador do desfile.

A delegada informou que o inquérito está prestes a ser encerrado. Ela aguarda o laudo perícia ficar pronto para encaminhar o inquérito ao Ministério Público Estadual.

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