Polícia Federal prende filho do bicheiro Rogério de Andrade no Rio
Gustavo de Andrade estava foragido desde maio e seu nome estava na lista da Interpol. Ele foi preso nesta quinta (4/8), em Petrópolis
atualizado
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Rio de Janeiro – Gustavo de Andrade, filho do bicheiro Rogério de Andrade, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (4/8), em Itaipava, Petrópolis, região serrana do Rio. Ele estava foragido desde maio, quando seu pedido de prisão foi expedido, junto com mais 28 nomes.
Ele foi preso no condomínio residencial Vale do Sossego, em Itaipava, e estava na companhia do pai. Rogério de Andrade continua livre após decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Quando o mandado de prisão para os dois foi expedido, a defesa dos acusados havia informado que eles estavam no exterior. O nome dos dois chegou a ser incluído na lista de procurados da Interpol.
Operação
Gustavo de Andrade foi alvo da “Operação Calígula”, do Ministério Público, e é acusado de integrar uma organização criminosa voltada a jogos de azar. Rogério seria o líder do esquema e Gustavo chegou a comandar os negócios do pai quando ele estava foragido.
Segundo a denúncia, Gustavo era tratado por outros integrantes da organização, como “príncipe regente”, “filho”, ou “zero dois”. Ronnie Lessa, apontado como o responsável pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, também é acusado de integrar o bando.
Parceria
Rogério e Gustavo montaram um bingo no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, em parceria com Lessa, sargento reformado da PM do Rio, segundo a denúncia do MP.
Gustavo planejou e implementou jogos de cartas nessa casa de apostas, segundo a investigação do Ministério Público e também gerenciava atividades nos negócios do pai. Em 2018, quando Rogério foi preso, em junho daquele ano, Gustavo foi o líder da organização.
A ordem de prisão contra Rogério de Andrade foi revogada na última segunda-feira (1º/8), pelo ministro Nunes Marques que deferiu medida cautelar pedida pela defesa do bicheiro, em uma reclamação ao STF. O pedido foi expedido pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio.