Polícia Federal faz operação contra tráfico de fósseis no Ceará e no Rio
Esquema criminoso contava com a participação de empresários, negociadores e até pesquisadores
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra um esquema de tráfico de fósseis no Ceará. Agentes da PF cumpriram 19 mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (22/10), sendo 17 em municípios cearenses e dois no Rio de Janeiro.
Batizada de Santana Raptor, a ação é resultado de investigação iniciada em 2017, na região da Chapada do Araripe (CE). Policiais encontraram fortes indícios da composição de uma organização criminosa, com participação de empresários, servidores públicos, mineradores, pesquisadores e atravessadores dos fósseis.
Até o momento, dois homens foram presos em flagrante com fósseis, em Santana do Cariri e Nova Olinda, no Ceará. Um dos detidos é apontado como negociador dos fósseis, e o outro, por receber valores de um professor do Rio de Janeiro para a coleta e armazenamento dos objetos.
Extração ilegal
Esqueletos de animais pré-históricos são bens da União, e o esquema consistia na extração ilegal em pedreiras.
“Há atuação de uma rede de empresários, servidores públicos e atravessadores que negociam fósseis raros da região, com indícios da prática ilícita por parte de professor/pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos alvos da operação, bem como outros pesquisadores nacionais e estrangeiros”, diz nota da PF.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, usurpação de bens da União e crimes ambientais. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.