Polícia faz nova operação contra suspeitos de comandar ataques no RN
Até domingo (27/3), 206 pessoas estavam presas pelos ataques. Não houve ocorrências nos últimos dois dias
atualizado
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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (27/3), uma nova operação contra a facção suspeita de comandar os ataques que provocaram uma onda de violência no estado.
Agentes das polícias Civil e Militar cumprem mandados de prisão e apreensão em Natal, Região Metropolitana, e outros municípios. Ainda não há informações sobre o número de pessoas detidas na operação desta manhã.
“Dentre os presos, estão integrantes de facções criminosas e indivíduos envolvidos com os atos criminosos ocorridos na capital e no interior do estado do RN”, informou a Secretaria de Segurança Pública do estado.
Segundo a atualização mais recente das forças de segurança do estado, na tarde do último domingo (26), 206 pessoas estavam presas por crimes relacionados ao caso. Entre os presos, seis são adolescentes e outros 19 são foragidos da Justiça recapturados. Não houve ocorrências de ataques nos últimos dois dias.
Veja o vídeo das prisões, divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do estado:
Desde o início da onda de violência no estado, foram realizadas três operações mirando a facção Sindicato do Crime, acusada de articular os ataques. Na primeira, denomidada Normandia, 22 pessoas foram presas. Outros 15 foram detidos na operação Sentinela, e 15 na operação Cratos, deflagrada na noite desse domingo (26).
Do PCC ao Sindicato: a história da facção que promove ataques no RN
Confira o balanço do número de ocorrências no estado:
• Terça-feira (14): 104 ataques
• Quarta-feira (15): 68 ataques
• Quinta-feira (16): 57 ataques
• Sexta-feira (17): 29 ataques
• Sábado (18): 17 ataques
• Domingo (19): 7 ataques
• Segunda (20): 11 ataques
• Terça (21): 8 ataques
• Quarta (22): 2 ataques
• Quinta (23): 3 ataques
• Sexta (24): 1 ataque
• Sábado (25): 0 ataque
Ataques no RN
A onda de violência começou na terça-feira (14/3), quando prédios públicos, comércios e veículos de pelo menos 10 cidades do Rio Grande do Norte foram alvos de tiros e incêndios. A principal suspeita é de que as ações são promovidas pela facção Sindicato do Crime.
No mesmo dia, Flávio Dino (PSB) autorizou o envio da Força Nacional para conter os ataques. Inicialmente, o ministro da Justiça e Segurança Pública determinou o envio de 100 agentes e 30 veículos. O efetivo deslocado, porém, já dobrou de tamanho.
Mesmo após a chegada da Força Nacional, um ônibus e três micro-ônibus foram incendiados em Natal. No bairro Guararapes, na zona oeste da capital, os bandidos abordaram um motorista, pediram que ele e o passageiro saíssem, e atearam fogo no veículo. As chamas também atingiram fiações elétricas.
Após os ataques, a prefeitura de Natal informou que a frota de ônibus na capital será recolhida às garagens, por orientação do Sindicato dos Transportes Rodoviários do RN (Sintro).