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Polícia faz buscas no centro onde João de Deus atendia, em Abadiânia

Agentes estão na Casa Dom Inácio de Loyola, local em que o médium teria abusado sexualmente de centenas de vítimas, e na residência dele

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Busca centro dom Inácio – João de Deus (2)
1 de 1 Busca centro dom Inácio – João de Deus (2) - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Enviadas especiais a Goiânia (GO) – A Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus teria abusado sexualmente de centenas de vítimas, em Abadiânia (GO), é alvo de buscas da Polícia Civil de Goiás na tarde desta terça-feira (18/12). No interrogatório prestado no domingo (16), o médium disse que o local estaria de portas abertas para averiguação. As residências da família também são averiguadas pelos agentes.

A Justiça autorizou busca e apreensão em mais de 20 endereços ligados ao líder espiritual. Cerca de 20 policiais cumprem o mandado no centro em que ele atendia. Eles fotografam todos os espaços do imóvel. Comandam as buscas os delegados Karla Fernandes Guimarães e Valdemir Pereira da Silva, o titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Um dos advogados de João de Deus, Ronivam Júnior, que atua na área cível, verifica os trabalhos dos investigadores a pedido do responsável pela defesa, o criminalista Alberto Toron. “Na oitiva do seu João, ficou combinado com os delegados que eu acompanharia as diligências. A polícia está pegando as informações que quer e tendo acesso a todas as dependências. Aqui não há nada a esconder”, afirmou. Amigo que tem auxiliado o médium desde as denúncias, o advogado Thales Jayme também presencia a ação.

Na hora em que os agentes chegaram, havia poucos fiéis. Algumas pessoas continuam orando, mesmo com a presença dos policiais. Luis Paranhos, de 53 anos, mudou-se de Brasília para Abadiânia há oito meses. Nesta tarde, foi rezar na Casa Dom Inácio, mas acabou testemunhando a operação. “A polícia está fazendo o trabalho dela. Parece que muitas mulheres denunciaram. A gente quer que verifiquem. Estamos apreensivos”, afirmou.

Veja o vídeo com a ação policial e declarações do advogado Ronivam Júnior:

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Delegada Karla Fernandes
A Justiça autorizou busca e apreensão em mais de 20 endereços ligados ao líder espiritual
Cerca de 20 policiais cumpriram mandados de busca no centro espírita, em Abadiânia, na época que o escândalo veio à tona
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Polícia fez buscas na Casa Dom Inácio de Loyola

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Delegada Karla Fernandes

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A Justiça autorizou busca e apreensão em mais de 20 endereços ligados ao líder espiritual

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Cerca de 20 policiais cumpriram mandados de busca no centro espírita, em Abadiânia, na época que o escândalo veio à tona

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Na hora em que os agentes chegaram, havia poucos fiéis no local

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Chico Lobo, que trabalhava no local, e o advogado Ronivam Peixoto de Moraes Júnior acompanharam a ação

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Chico Lobo abriu todas as salas a pedido da polícia

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Policiais cumprem mandados nas residências de João de Deus

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Agentes cumprem o mandado nas residências da família de João de Deus:

Depoimento
Em interrogatório que preencheu sete páginas, o médium João de Deus, alvo de mais de 500 denúncias reunidas pela força-tarefa em Goiás, negou abusar sexualmente de suas seguidoras. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, o líder espiritual apresentou a versão dele para cada um dos casos.

Os investigadores questionaram o fundador da Casa Dom Inácio de Loyola sobre 15 mulheres que registraram ocorrência e prestaram depoimento: “Ele se lembrou de cada um dos casos e explicou o que teria ocorrido. Estava tranquilo e respondeu todas as perguntas”.

Os defensores do médium consideram a detenção injustificada e, por isso, pretendem impetrar um pedido de habeas corpus, também nesta terça (18/12), para liberar João de Deus ou, ao menos, conseguir a conversão da prisão preventiva para o regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

Confira imagens do momento em que João de Deus deixou a delegacia:

O interrogatório durou mais de quatro horas, na Deic, na noite de domingo (16). Depois, João de Deus foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito, e seguiu rumo ao Núcleo de Custódia do Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia (GO), onde deu entrada às 22h55 e passou a noite.

Ao deixar o prédio da Deic, Alberto Toron, advogado de defesa de João de Deus, voltou a pedir cautela na apuração dos casos. “Soa estranho que uma mulher que se diga violentada volte tantas vezes para o atendimento. É preciso que se julgue antes de qualquer condenação”, disse. Toron informou que o médium negou as denúncias.

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