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Polícia faz buscas na casa de investigado pela morte de Marielle

O ex-policial Orlando Curicica é acusado de liderar milícia e investigado pelo assassinato da vereadora carioca

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Renan Olaz/CMRJ
Marielle Franco assassinada rio de janeiro
1 de 1 Marielle Franco assassinada rio de janeiro - Foto: Renan Olaz/CMRJ

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro fez, na noite desta terça-feira (5/6), uma busca na casa do ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecio como Orlando Curicica, acusado de liderar milícia e investigado pela morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSol), ocorrida em 14 de março.

O imóvel fica em Vargem Pequena, na zona oeste do estado fluminense. A busca começou por volta das 18h e durou cerca de uma hora, segundo o advogado Renato Darlan, que defende Curicica. Ele não presenciou a operação, mas o caseiro estava no imóvel. Orlando Oliveira de Araújo está preso desde 27 de outubro de 2017, acusado de homicídio, e a mulher dele está escondida, segundo Darlan, com medo de ser alvo de algum crime por conta das acusações ao marido.

Segundo o advogado de defesa, os agentes envolvidos na operação estavam acompanhados pelo policial militar que afirmou ter testemunhado conversas de Curicica sobre um plano para matar Marielle.

Renato Darlan acusa os policiais de agirem de forma truculenta durante a busca. “Eles quebraram muita coisa, mas não encontraram nada (que fosse ilegal ou comprovasse a ligação de Curicica com a morte da vereadora)”, afirmou.

Os investigadores também teriam apresentado uma convocação para que o caseiro preste depoimento à Delegacia de Homicídios na próxima quinta-feira (7/6). De acordo com Darlan, a ordem dos policiais foi para que “o caseiro não levasse advogado”. “Mas claro que eu vou (acompanhar esse depoimento)”, afirmou.

Acusação
O miliciano nega participação no assassinato da vereadora Marielle Franco. A acusação contra ele foi feita por um policial militar que durante anos trabalhou com Curicica. Segundo esse PM, o miliciano teria agido junto com o vereador Marcello Siciliano (PHS), outro a negar qualquer envolvimento no crime.

O assassinato de paramentar carioca ocorreu em 14 de março. Marielle Franco foi atingida por tiros dentro do carro no qual seguia para casa. O ataque aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio de Janeiro. Ao menos nove cápsulas de arma de fogo foram recolhidas no local do crime e quatro projéteis atingiram a cabeça da parlamentar. Além de Marielle, o motorista Anderson Gomes foi atingido pelos disparos e também morreu no local.

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