Polícia faz buscas em sítio à procura da advogada desaparecida no Rio
Terreno foi vasculhado por agentes e cães farejedores. Lourival Correa, suspeito do desaparecimento, teria pesquisado local na internet
atualizado
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro fez buscas em um sítio de Guapirim, nessa quarta-feira (22/5), à procura da advogada desaparecida desde fevereiro Anic de Almeida Peixoto Herdy. Segundo policiais de Petrópolis (RJ), o mentor do crime, Lourival Correa Netto Fadiga, que está preso, pesquisou o endereço na internet.
Os agentes vasculharam o local com cães farejedores e chegaram a cavar partes do terreno. Nada foi encontrado.
Lourival Correa, responsável por chamar Anic ao Shopping Pátio Petrópolis e levá-la ao local do desaparecimento, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), teria usado o Google para pesquisar informações do sítio, em 13 de março, dois dias depois da data previamente acordada para a libertação da advogada.
O suspeito teria também, encaminhado as mensagens exigindo os R$ 4,6 milhões de Benjamin Herdy para soltar Anic.
Lourival não chegou a ir ao sítio. Em vez disso, dirigiu-se a uma concessionária na Barra da Tijuca para comprar uma picape no valor de R$ 500 mil em dinheiro e uma moto, antes de pesquisar sobre o terreno. Nesse mesmo dia, o marido de Anic, Benjamin, recebeu a mensagem informando que a esposa teria fugido com Lourival, suposto amante dela.
Entenda o caso
Anic é estudante de psicologia e advogada. Ela foi vista pela última vez usando um vestido de cores bege e amarela, com colete jeans.
Imagens de segurança registraram o momento em que Anic estaciona o próprio carro em um shopping de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Momentos depois, ela deixa o veículo e vai, a pé, até um Jeep Compass de cor preta.
Quatro pessoas foram denunciadas pela polícia por extorsão mediante sequestro. É considerada a hipótese de que Anic teria ciência do plano para que o marido fosse extorquido com a narrativa de um sequestro dela.
No entanto, a mulher ainda não foi encontrada. Familiares receberam o pedido de resgate e pagaram R$ 4,6 milhões. A hipótese de homicídio não é descartada pela Polícia Civil na investigação do caso.