Polícia encontra cativeiro para motoristas de aplicativo sequestrados em SP
No espaço, os criminosos roubavam, agrediam e assassinavam as vítimas. Três suspeitos foram presos na quinta-feira (7/1)
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil de São Paulo realizou, na quinta-feira (7/1), uma operação para investigar um espaço que serviu de cativeiro para motoristas de aplicativo, vítimas de sequestros, tortura, roubos e assassinatos.
A investigação ocorreu no bairro Imirim, em São Paulo, por peio do Departamento de Investigações Criminais (DEIC). Os agentes encontraram cordas feitas de tecido, restos de comida, roupas e embalagens para drogas. As informações são do portal G1.
De acordo com a Polícia Civil, o espaço era usado como cativeiro pela quadrilha, apontada como uma das mais violentas da região. Ao menos dois motoristas de aplicativo foram levados para o local.
Um deles seria Felipe Henrique Duarte, 28 anos. Ele desapareceu no dia 24 de dezembro e, no dia seguinte, foi encontrado morto no bagageiro do próprio carro, em uma rua sem saída. Os criminosos fizeram compras no cartão da vítima e tiraram fotos.
Três suspeitos foram presos acusados de participar do crime. Eles foram identificados como Matheus dos Santos, Valmir Monti Júnior e José Marcelo Ferro.
Protesto
Um grupo de motoristas de aplicativos realizou, na manhã de terça-feira (5/1), uma carreata em protesto pela morte de Roger Ferreira da Silva (foto em destaque), de 35 anos, sequestrado durante uma corrida. O profissional estava desaparecido desde o dia 30 de dezembro e foi encontrado morto na zona sul de São Paulo no domingo (3/1).
Roger perdeu o emprego no início da pandemia e começou a trabalhar como motorista de aplicativo. Ele deixou mulher e cinco filhos.
O desaparecimento do motorista ocorreu após ele atender um chamado e transportar dois homens e uma mulher como passageiros, no dia 30 de dezembro. Na tarde do último sábado (2/1), o carro de Roger foi encontrado carbonizado na avenida José Lutzenberger, no Grajaú
A Polícia Civil da Capital prendeu, no domingo, três pessoas pelo homicídio do motorista, que, segundo as autoridades, foi sequestrado e torturado antes de morrer. Duas pessoas também acabaram presas pela venda e compra do celular da vítima.