Polícia encontra câmera de segurança guardada no quarto de Henry
Equipamento foi citado por Monique Medeiros, mãe da criança, após receber ligação do namorado, o vereador Dr. Jairinho
atualizado
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Rio de Janeiro – Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) encontraram, durante a perícia complementar realizada no apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com a mãe e o padrasto, no último dia 29 de março, uma câmera de monitoramento, ainda na caixa, no quarto do menino.
Segundo depoimento de uma cabeleireira, que pediu para não ser identificada, o equipamento foi citado por Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, mãe de Henry, depois que ela recebeu uma chamada de vídeo do filho e da babá da criança, Thayna de Oliveira Ferreira.
Na ocasião, o garotinho e a cuidadora narraram agressões do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), e a criança pediu para que Monique fosse logo para casa.
No depoimento prestado ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), a cabeleireira que atendeu Monique, por volta de 16h30 do dia 12 de fevereiro, em um salão de beleza da Barra da Tijuca, informou que, após a ligação do menino, a cliente ligou para Jairinho e, em seguida, os dois discutiram ao telefone.
Logo depois, ainda de acordo com o depoimento da cabeleireira, Monique perguntou se havia por perto uma loja de eletrônicos que vendesse câmeras de segurança. A ideia dela era colocar uma câmera para flagrar as agressões do marido contra Henry. O depoimento da babá Thayna confirma esse plano da mãe do garoto.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai, Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, divertindo-se.
Por volta das 19h do dia 7, Leniel levou o filho de volta para a casa em que ele morava com a mãe e o padrasto, Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o garotinho apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.