Polícia encontra arsenal na casa de homem suspeito de agredir criança
Homem foi filmado agredindo colega de escola da filha. Na casa do suspeito, foram encontrados mais de 5 mil projéteis
atualizado
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Goiânia – Ao investigar um homem suspeito de agredir um estudante de 9 anos, durante uma festa de aniversário dentro de uma escola em Porangatu, no norte goiano, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) encontrou um arsenal. De acordo com a corporação, ele tem registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), mas, em razão das agressões, as licenças acabaram suspensas.
A agressão ocorreu em 3 de abril e foi noticiada pelo Metrópoles. Renato Araújo de Paula Leão é pai de uma aluna e foi flagrado empurrando um coleguinha dela com um cabo de vassoura. Conforme a ocorrência policial, o menino ainda teria sido levado ao banheiro e recebido ameaças do suspeito.
Armas
De acordo com a PCGO, a apreensão das armas ocorreu durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, deferido após representação da corporação no âmbito do inquérito que investiga a agressão e ameaça contra a vítima. Em razão da medida, todos os registros de armas de fogo do investigado foram suspensos judicialmente.
Na casa do suspeito, os policiais apreenderam 14 armas e mais de 5 mil projéteis de pistolas, espingardas, carabinas, fuzis e rifles de diversos calibres.
Ao portal G1 a defesa dele informou que não existe nenhuma correlação entre o armamento apreendido e o caso envolvendo o menor de 18 anos. De acordo com a defesa, foi informado que todas as armas têm registro, foram adquiridas de forma legal e são utilizadas unicamente para a prática regular de tiro esportivo, conforme autorizado por lei.
Agressão
A criança de 9 anos teria sido agredida após jogar confete no pai do coleguinha durante a festa de aniversário do filho do homem. De acordo com a ocorrência, registrada na Polícia Civil, o garoto relatou que sofreu ameaças. “Se contar para alguém, vai se ver comigo”, teria dito o agressor.
Segundo a corporação, em conversa com o delegado, o suspeito confirmou os fatos, no entanto, apesar de comparecer à delegacia, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e não foi preso.
O pai do garoto agredido é policial civil e registrou ocorrência. Segundo o pai, ele recebeu uma ligação da Escola Evangélica Presbiteriana, onde as crianças estudam, solicitando a presença de um responsável. Ao chegar ao local com a esposa, foram informados da situação pela diretora da unidade.
Conforme o relato, a diretora escolar contou ao pai que o menino estava participando da festinha quando acabou acertando, sem querer, um confete no pai do aniversariante, que não teria gostado da atitude e pedido a outro aluno que levasse o menino até o banheiro.
Lá, o pai do colega teria fechado a porta, segurado o pescoço da vítima, o empurrado contra a porta do banheiro e o ameaçado dizendo para “não mexer com adulto” e ainda falado que, se ele contasse para alguém, “iria se ver” com ele.
Ainda de acordo com o relato do pai na ocorrência, depois disso, o garoto conseguiu sair do local e aparentava estar com medo e abalado, conforme informação de testemunhas. Foi quando uma funcionária da escola perguntou o que havia ocorrido, e o menino contou a situação.
O pai do estudante agredido representou criminalmente em desfavor do suspeito, e o homem deve responder por ameaça e vias de fato.