Polícia do Rio investiga maus-tratos a gato em Jockey Club
Em imagens divulgadas nas redes sociais, um homem com uma criança no colo chuta violentamente o animal para espantá-lo do local
atualizado
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Após a divulgação de um vídeo em que um homem com uma criança no colo chuta um gato em um hipódromo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) iniciou uma investigação para apurar o caso de maus-tratos.
As informações foram publicadas pelo Extra. De acordo com Reynaldo Velloso, presidente das Comissões de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ e da OAB Nacional, a agressão ocorreu no fim na semana passado no Jockey Clube da Gávea, na Zona Sul do Rio.
Veja o vídeo:
No vídeo, divulgado por Velloso em suas redes sociais, um atleta conduz seu cavalo enquanto algumas pessoas caminham. Perto de uma mureta, há um gato deitado. Ao avistá-lo, um homem camisa preta, com uma criança no colo, se aproxima. O gato se assusta e tenta sair, mas o homem chuta violentamente o animal.
Em seguida, o bichinho capota, bate no muro e, assustado, salta para se distanciar. O homem tenta segurá-lo, mas se distrai com uma mulher que parece falar com ele. Ela e outros dois homens assistem à agressão. No Facebook, o vídeo chegou a quase 2 mil visualizações 4 horas após a publicação e revoltou os internautas.
“O gatinho foi levado para o ambulatório felino do Clube e, segundo relatos, está com problemas neurológicos irreversíveis em consequência da agressão. Iremos acompanhar este caso com lupa. Já estou solicitando uma reunião da Comissão com a direção da instituição. O Abrigo Associação Quatro Patinhas, através da presidente, já me ligou e está à disposição para abrigar o felino com carinho”, escreveu Velloso.
Denúncias anteriores
Esta não é a primeira vez que há denúncias de maus-tratos contra os gatos que vivem no terreno do Jockey Clube da Gávea. Em maio do ano passado, a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou uma operação surpresa no local para apurar denúncias de que seguranças estariam jogando fora comida e água que voluntários colocam para os animais, por ordem da presidência. Àquela altura, o grupo que cuida dos bichinhos estimava haver cerca de 300 gatos divididos em 21 colônias dentro do clube.
Na ocasião, funcionárias do clube alegaram que o Jockey investe R$ 30 mil por mês em cuidados com os animais, incluindo alimentação e uma equipe de três enfermeiras, um alimentador e um veterinário. Sobre as denúncias, afirmaram que só eram descartados os potes de alimento colocados em lugar indevido, para evitar reclamações de clientes.
Como resultado de uma reunião entre as partes, a comissão da Alerj, então, se comprometeu a fazer um termo de cooperação técnica para verificar de forma permanente o trato aos animais no clube. Em julho de 2017, após denúncias semelhantes dos protetores sobre as condições de vida dos gatos, a administração do Jockey firmou parceria com a Subsecretaria de Bem-Estar Animal (Subem) para castrá-los e vaciná-los.