Polícia do Rio intima psicóloga do menino Henry Borel para depor
Profissional acompanhava a criança há um mês. Garoto morreu após ser encontrado pela mãe e pelo padrasto com dificuldades para respirar
atualizado
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A Polícia Civil do Rio intimou a psicóloga de Henry Borel Medeiros, 4 anos, para depor sobre o acompanhamento que vinha fazendo com a criança. No mês passado, a profissional foi contratada para ajudar o garoto a lidar com a separação dos pais, Monique Medeiros da Costa e Silva e Leniel Borel de Almeida.
O divórcio ocorreu há quatro meses, quando a mãe de Henry se mudou para um apartamento com Jairo Souza Santos Júnior, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade).
Segundo informações do jornal O Globo, a psicóloga foi escolhida por Monique. Foram realizadas cinco sessões. Henry também estava matriculado na Pré-Escola do Colégio Marista São José, colégio próximo ao apartamento da mãe do garoto, na Barra da Tijuca. Funcionários, professores e pais de alunos, no entanto, afirmaram não terem notado nenhuma anormalidade no comportamento da criança.
Entenda o caso
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior juntos, sem qualquer acontecimento anormal. Por volta das 19h do dia 7, o pai levou Henry de volta para a casa da ex-mulher, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida. Ela mora com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O garotinho morreu às 5h42, conforme registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.
Investigações
Como parte da investigação da morte de Henry, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) fizeram uma espécie de reconstituição do último dia em que o menino esteve na companhia do pai. Os investigadores recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping, local em que o garoto se divertiu em um parquinho, e do condomínio em que Leniel Borel mora.
No dia 17/3, Monique e Dr. Jairinho foram ouvidos, separadamente, por cerca de 12 horas na 16ª DP. De acordo com a polícia, os depoimentos aconteceram nove dias depois do crime, porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.
Ambos afirmaram que estavam em um quarto vendo série e, quando foram dormir, a mãe encontrou Henry caído no chão, ao lado da cama, com as extremidades frias e com dificuldade para respirar. Monique disse à polícia que acredita que o menino tenha caído da cama.
A equipe médica que atendeu Henry no hospital da Barra; a empregada da casa onde o menino morava com a mãe e o padrasto; a avó materna e uma ex-namorada de Jairinho prestaram depoimento aos policiais.
No dia 26, a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônica dos investigados, como pai, mãe, padrasto e avó materna, e a apreensão dos telefones celulares de todos. Policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em três endereços diferentes: da família de Monique, de parentes de Jairinho e na casa do pai de Henry.