Polícia do Rio apura se Marielle era alvo de escuta em seu gabinete
Funcionários da vereadora viram alterações no teto do escritório e um vídeo flagrou um homem escalando o prédio da Câmara de Vereadores
atualizado
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A Delegacia de Homicídios da Capital, no Rio de Janeiro, investiga se a vereadora Marielle Franco (Psol) e o seu motorista Anderson Gomes, mortos a tiros há três meses, foram alvo de uma escuta clandestina no gabinete da parlamentar na Câmara dos Vereadores, como mostra o jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, a suspeita começou quando os assessores de Marielle voltaram do recesso de fim de ano, em fevereiro, e perceberam que as placas do teto do local haviam sido alteradas. A tese é de que os aparelhos de escuta tenham sido retirados na ausência de pessoal.
O vereador Tarcísio Motta (Psol) chegou a pedir ao presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), que fizesse uma varredura nos gabinetes depois que imagens do circuito interno da Câmara mostraram um homem escalando o prédio, em fevereiro. O pedido foi feito um mês antes do assassinato de Marielle mas ele não foi atendido.O assassinato da parlamentar carioca ocorreu em 14 de março. Marielle Franco foi atingida por tiros dentro do carro no qual seguia para casa. O ataque aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio de Janeiro. Ao menos nove cápsulas de arma de fogo foram recolhidas no local do crime e quatro projéteis atingiram a cabeça da parlamentar. Além de Marielle, o motorista Anderson Gomes foi atingido pelos disparos e também morreu no local.
Até agora, a polícia possui poucos elementos para desvendar o caso. O que se sabe é que o ataque foi minuciosamente planejado.