Polícia deve fazer acareação entre Jairinho e Monique no caso Henry
Estratégia foi mencionada durante retratação da babá, que mudou versão dos fatos em depoimento que durou cerca de seis horas
atualizado
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Rio de Janeiro – Para confirmar e ampliar os detalhes da rotina de violência que supostamente acontecia no apartamento, a polícia deverá promover uma acareação entre a professora Monique Medeiros e o namorado, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Ambos estão presos e são investigados pela morte do filho da pedagoga, o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
A estratégia foi mencionada durante a retratação da Thayna de Oliveira Ferreira, que prestou novo depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), na noite de segunda-feira (12/4), e, por cerca de seis horas, confirmou que mentiu.
Nas novas declarações, Thayna confirmou as agressões contra o menino. Alguns detalhes, no entanto, permanecem sem explicação. Uma das dúvidas, por exemplo, é se a mãe da criança também era agredida.
O medo de sofrer agressões ou alguma violência foi, segundo a babá, o motivo pelo qual ela mentiu no primeiro depoimento. Thayna nega ter recebido dinheiro para isso.
Além disso, a babá afirmou ainda ter recebido orientações para negar qualquer agressão ou briga de família. As recomendações teriam sido feitas por Monique Medeiros, mãe da vítima, pelo advogado de Dr. Jairinho, André França, e por Thalita Fernandes, irmã do vereador.
A jovem começou o depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, afirmando que o padrasto e a mãe do menino Henry “brigavam com frequência, quase toda semana”. Mensagens trocadas em 12 de fevereiro, entre mãe e babá, revelaram à polícia que Jairinho agrediu o menino pelo menos uma vez.
A polícia já anunciou que vai representar, na Ordem dos Advogados do Brasil, contra o advogado André França. Procurado, ele ainda não respondeu.
Monique cumpre prisão temporária no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, cidade da Região Metropolitana do Rio, e Dr. Jairinho segue no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da cidade. A prisão foi decretada pela juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri.
Eles são investigados pelo assassinato de Henry e foram presos por coação de testemunhas (como a babá Thayna) e pela interferência no curso das investigações.