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Polícia descarta motivação política em morte de tesoureiro do PT

A informação foi divulgada nesta sexta (15/7) durante entrevista coletiva da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Civil

atualizado

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Guarda municipal Marcelo Arruda, morto em confusão em festa de aniversário com tema do PT
1 de 1 Guarda municipal Marcelo Arruda, morto em confusão em festa de aniversário com tema do PT - Foto: Reprodução/redes sociais

A Polícia Civil do Paraná concluiu que o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda (foto em destaque) não pode ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.

Ele foi morto em Foz do Iguaçu, no Paraná, no último sábado (9/7). O agressor, Jorge José da Rocha Guaranho, 38 anos, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum).

Segundo a delegada Camila Cecconello, “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”.  A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.

“Não podemos dizer que o autor voltou lá porque ele queria cessar os direitos políticos ou atentar contra os direitos políticos daquela pessoa. Concluímos que foi algo que acabou se tornando pessoal entre duas pessoas que discutiram, claro, por motivações políticas.”

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15/7) durante entrevista coletiva da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Civil.

Confira a cronologia:

  • Uma pessoa, em um churrasco, acessou imagens de circuito interno de segurança de onde ocorria festa. Jorge José estava no evento e perguntou onde era realizada a comemoração, mas não fez comentários. Ele, segundo a polícia, ingeriu bebida alcoólica.
  • Segundo os depoimentos, ele chegou ao local da festa de Marcelo ouvindo uma música ligada à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
  • Houve uma discussão entre eles. Marcelo jogou terra e pedras no carro de Jorge José, que foi embora, mas retornou ao local.
  • É solicitado ao porteiro que ele impeça a entrada do policial penal, mas Guaranho abriu o portão sozinho. Avisado de que Guaranho havia voltado, Marcelo, que era guarda municipal, carrega a arma e coloca na cintura.
  • Os dois começam a discutir e a mulher de Marcelo tenta intervir. O petista e o policial penal ordenam um ao outro para abaixar a arma.
  • Jorge José da Rocha Guaranho atirou primeiro contra Marcelo, invadiu a festa e fez mais disparos. Ao todo foram quatro disparos, sendo que dois atingiram a vítima. Marcelo reagiu com 10 tiros. Quatro acertaram Jorge José.

O caso

O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, em 7 de julho.

5 imagens
Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas
Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário dele
Enterro de Marcelo Arruda
Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro
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José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro

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Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas

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Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário dele

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Enterro de Marcelo Arruda

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Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro

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A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva.

Por volta das 23h, Jorge José da Rocha Guaranho, que se declara apoiador do presidente de Bolsonaro, invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas. Guaranho está internado em estado grave.

Veja as cenas:

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