Polícia conclui inquérito da cervejaria Backer e identifica vazamentos
Inquérito indiciou 11 pessoas por lesão corporal, homicídio e intoxicação de produto alimentício
atualizado
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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que apura a contaminação na cervejaria mineira Backer e indiciou 11 pessoas por lesão corporal, homicídio e intoxicação. A investigação constatou que houve vazamento em um tanque, o que provocou a contaminação das cervejas por mono e dietilenoglicol, substâncias tóxicas usadas para resfriamento do produto.
A prova desse vazamento é um pequeno furo, no “tanque 10” da cervejaria. Para ver o defeito só foi possível entrando no local vazio, que tem capacidade para 18 mil litros de cerveja. As informações são do programa Fantástico, da Rede Globo.
De acordo com a reportagem, a polícia descobriu que o vazamento ocorreu exatamente em um ponto em que havia algumas soldas e que, por trás, passava o cano com o produto congelante.
Segundo a polícia, outros vazamentos foram encontrados, inclusive um em uma bomba que emitia esse líquido para os tanques fermentados com grande vazão. A polícia aponta ainda suposto desleixo da fábrica com a manutenção dos equipamentos.
O resultado da investigação contraria as instruções do fabricante do equipamento e descarta a tese de sabotagem que inicialmente foi apresentada pela empresa. A ingestão do líquido de apenas uma garrafa da Belorizontina, a marca que deu início à investigação, contendo dietilenoglicol, seria suficiente para matar uma pessoa.
O inquérito foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que deve ouvir o Ministério Público. O prazo para que a denúncia seja oferecida pelo MP é de 15 dias.