Polícia Civil do ES decide participar da paralisação
A greve não é uma unanimidade entre os policiais, mas as atividades serão suspensas por tempo indeterminado
atualizado
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A Polícia Civil do Espírito Santo decidiu paralisar suas atividades até a meia-noite desta quarta-feira, (8/2). A partir desta quinta-feira (9) os policiais atenderão apenas nas 18 delegacias regionais e especializadas do Estado – são quatro na Grande Vitória – por tempo indeterminado. O Departamento Médico Legal (DML) permanecerá em funcionamento.
A paralisação foi decidida no pátio da sede da polícia. Enquanto cerca de 300 policiais de nove entidades que representam a categoria deliberavam pela greve, o comando da Polícia Civil publicava nota desmentindo a suspensão dos serviços. Mas o protesto está mantido.
O ato foi decidido no início da tarde. Mais cedo, uma das associações que representa os policiais chegou a deliberar em outra assembleia que iniciaria uma greve e que colocaria apenas 30% dos agentes em serviço. Depois, um ato que reuniu as diversas entidades decidiu unificar o protesto.Com a decisão, a partir desta quinta todas as delegacias locais deverão permanecer fechadas.
“Não é greve. Continuaremos trabalhando, mas por segurança nossa fecharemos todas as unidades que estão trabalhando com efetivo abaixo do exigido por lei”, afirmou o delegado Rodolfo Laterza, que preside a associação de delegados.
Assim, a partir desta quinta-feira apenas os flagrantes serão atendidos pela polícia. “A população vai precisar ter um pouco de paciência”, comentou Laterza. “É preciso entender. Estamos entre os piores salários do País, as delegacias estão trabalhando com menos efetivo do que o exigido por lei. Não temos segurança para trabalhar.”
Morte de policial civil
O protesto é motivado pela morte do policial civil Mário Marcelo de Albuquerque, de 44 anos, ocorrido nesta terça-feira, 7. Ele foi baleado quando tentava intervir em um assalto. Além disso, a delegacia de Jacareípe, no município de Serra, foi metralhada na terça-feira.
Uma eventual paralisação geral será decidida em assembleia marcada para o dia 17. “Se até lá o governo não abrir um canal de negociação, talvez tenhamos que partir para algo mais gravoso.”