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Polícia Civil de Goiás suspeita que morte de vigilante foi encomendada

Homem e mulher foram assassinados na quinta (18/2). Suspeitos do crime morreram em confronto com PM. Polícia descarta relação com facções

atualizado

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Vigilante penitenciário Elias
1 de 1 Vigilante penitenciário Elias - Foto: null

Goiânia – Pode ter sido por encomenda a morte do vigilante penitenciário temporário, Elias de Sousa Silva, de 38 anos, assassinado na última quinta-feira (18/2), junto com a esposa, Ana Paula Dutra. A informação é da Polícia Civil de Goiás. No entanto, a polícia descarta relação com disputa entre facções criminosas. Um dia após as mortes, nesta sexta (19/2), presos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia se amotinaram.

Nesta sexta-feira (19), em coletiva de imprensa, as polícias Civil e Militar deram informações sobre o crime que ocorreu nas proximidades do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O delegado Rilmo Braga, titular da Delegacia de Investigação de Homicídio (DIH) de Goiânia, informou durante a coletiva que uma força-tarefa, com três delegados e 40 policiais civis foi montada para investigar as mortes. O grupo será coordenado pelo delegado Rogério Bicalho, do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de  Aparecida de Goiânia.

“Se trata de um crime pontual, de um fato isolado, que versa sobre problemas que possam ter envolvido a pessoa falecida, que acabou gerando esse tipo de retaliação ou crime por encomenda”, disse o delegado.

De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, a motivação do crime não estaria relacionada com facções criminosas.

“O que podemos afirmar é que isso nada tem a ver com ordens dadas por facções criminosas, mas pode ter certeza que em breve voltaremos aqui para apresentar a vocês o resultado desse trabalho realizado em conjunto”, afirmou Miranda.

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Presos usaram até as redes sociais para fazer uma live de dentro do presídio
Complexo prisional de Aparecida de Goiânia, onde presos se rebelaram
Polícia montada trabalhou na segurança na área externa do presídio
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Vigilante penitenciário temporário Elias de Souza Silva, assassinado perto do presídio

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Presos usaram até as redes sociais para fazer uma live de dentro do presídio

Reprodução
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Complexo prisional de Aparecida de Goiânia, onde presos se rebelaram

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Polícia montada trabalhou na segurança na área externa do presídio

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Denúncia

O vigilante penitenciário temporário, Elias de Souza Silva, já havia sido alvo de uma tentativa de suborno e conteve um motim promovido por detentos no dia 1º de fevereiro deste ano, no Complexo Prisional de Aparecida.

Segundo boletim de ocorrência, durante uma operação de revista em um dos blocos da Ala B da unidade prisional, Elias e dois policiais penais apreenderam dois aparelhos celulares. Depois disso, os servidores foram chamados pelos presos que ofereceram quantias em dinheiro para que eles devolvessem os telefones.

Com a recusa dos policiais, os detentos se revoltaram e se “amotinaram”, como consta no documento. Ainda segundo a ocorrência, para conter o movimento, os policiais, com o apoio do Grupo de Operação Penitenciária Especial (Gope) efetuaram disparos de munições menos letais. Nenhum preso foi atingido. Após a confusão, os detentos e os policiais foram encaminhados à delegacia, onde foi registrado o boletim de ocorrência relatado.

Inaceitável

Durante live na tarde desta sexta-feira (19), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), homenageou os policiais das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), que encontraram os suspeitos do crime, e disse que não aceitar afrontas às forças de segurança pública.

“Mais uma vez rendendo homenagens a equipe da Rotam que fez a identificação desses marginais, que ceifaram a vida de um policial penal e da sua esposa, de uma maneira covarde. Em Goiânia, em menos de 12 horas o assunto está sendo resolvido e nós não vamos baixar a guarda de maneira nenhuma. Vamos deixar claro que bandido não vai crescer aqui no estado de Goiás”, declarou Caiado.

“Todos estão submetidos a forma da lei, não existe ninguém aqui que possa afrontar o Estado e muito menos tentar achar que não existem forças de segurança capazes de fazer prevalecer aquilo que a sociedade deseja: o respeito ao cidadão, à vida, e ao mesmo tempo, a segurança pública em todos os quadrantes do estado de Goiás”, concluiu o governador.

Confronto

Ainda na tarde de quinta, dois suspeitos do crime, identificados como Kléber Wilker da Costa Simões -” Neguinho do CV”, de 21 anos, e Jean Araújo Gondim- “Cavalo Doido”, de 19 anos, foram mortos em um confronto com policiais militares da Rotam. Um terceiro suspeito, Welton dos Santos Gomes, acabou preso.

De acordo com a polícia, os homens mortos participaram efetivamente do caso e ocupavam o Renault Sandero, carro utilizado no crime. A dupla foi localizada em uma casa no Jardim Primavera, em Goiânia. Com eles, foram apreendidos dois revólveres calibre 38

Pouco tempo antes, Welton Gomes já havia sido preso por militares da Rotam, na GO-070. O homem confessou o roubo do veículo usado no assassinato. O carro, que foi incendiado, também foi localizado na tarde de ontem, em uma mata, nas proximidades da Avenida Perimetral Norte, na capital goiana.

Rebelião

Rebelados, os presos da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana, fizeram até uma live, no início da tarde desta sexta-feira (19/2), para relatar a situação.

O fato ocorre apenas um dia após a morte de um vigilante penitenciário temporário e da mulher dele, na saída do presídio. Duas pessoas apontadas como envolvidas no duplo homicídio foram mortas em confronto com policiais militares na noite de quinta-feira (18/2) em Goiânia. Uma terceira foi presa.

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