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Witzel: mortes por policiais deixam de ser contabilizadas como “violentas”

As mortes cometidas por policiais não serão mais contabilizadas no índice de letalidade violenta. Decisão foi publicada no Diário Oficial

atualizado

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EDNILSON AGUIAR/ O LIVRE
arma de PM
1 de 1 arma de PM - Foto: EDNILSON AGUIAR/ O LIVRE

As mortes cometidas por policiais não serão mais contabilizadas no índice de letalidade violenta, um dos indicadores de criminalidade no Rio de Janeiro. O decreto, publicado nesta terça-feira (24/09/2019), foi assinado pelo governador do estado, Wilson Witzel (PSC).

A medida ocorre dias após a morte da menina Ágatha Felix, de oito anos, no Complexo do Alemão (RJ). PMs atiraram contra uma moto que passava pelo local, e o tiro atingiu a criança, que estava em uma kombi, entre a polícia e os motoqueiros. A oposição pede para que o governador reveja a política de segurança do estado.

Entre janeiro e agosto deste ano, 1.249 pessoas foram mortas por intervenção policial, de acordo com Instituto de Segurança Pública (ISP). O número supera os dados anuais desde 2003 – com exceção de 2018, que registrou 1.534 homicídios.

O texto divulgado nesta terça altera decreto de 2009, que define o formato do sistema de metas do estado na área de segurança pública. Agora, apenas latrocínios, homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte integram o índice de letalidade violenta.

Ou seja, as mortes cometidas por agentes do estado não serão mais contabilizadas para o indicador. Além dessa modificação, o decreto inclui roubos de carga como um dos indicadores estratégicos de criminalidade do estado.

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