“Vieram para me matar”, disse miliciano antes de morrer na Bahia
O advogado de Adriano da Nóbrega concedeu coletiva de imprensa, quando revelou que o ex-policial estava “temeroso” pela vida
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-policial militar Adriano da Nóbrega confessou, dias antes de morrer, estar “temoroso” pela vida, revelou nesta terça-feira (18/02/2020) o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que defende a família da vítima.
A declaração foi feita por Adriano ao próprio advogado, em ligação telefônica no último dia 4. O miliciano foi morto cinco dias depois, no domingo (09/02/2020).
Júlia, viúva de Adriano da Nóbrega, relatou também ao defensor, após uma operação policial, que a polícia iria matar o esposo dela.
“Ela [Júlia] dizia: ‘Vieram para matar, não para prender'”, contou Paulo Emílio, em coletiva de imprensa. Segundo a mulher, policiais chegaram a apontar uma arma de fogo para a cabeça de uma criança.
O advogado ressaltou, com base em laudo do IML, que Adriano foi encontrado com sete costelas quebradas, uma perfuração no queixo e um corte na cabeça, que “sugeriu a possibilidade de uma coronhada”.