Vídeo: enfermeira aplicou vacina falsa da Covid-19 em moradores de BH
Imagem mostra a profissional de saúde em um edifício de área nobre de Belo Horizonte. Na gravação, ela confirma que as doses custavam R$ 600
atualizado
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Vídeo obtido por investigadores da Polícia Federal comprovam que a enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro aplicava doses falsas de imunizantes contra Covid-19 antes mesmo de sua prisão.
A profissional de saúde foi flagrada vacinando, clandestinamente, empresários do ramo de transportes de Belo Horizonte (MG). São informações do G1.
A gravação em questão mostra Cláudia em uma portaria de edifício em BH. Ela conversa com quem parece ser um porteiro do prédio, que indaga a profissional de saúde sobre o local onde ela obteve as doses.
“Essa [vacina], a gente já consegue comprar em laboratório?”, pergunta o funcionário.
A enfermeira, então, responde: “Essa ainda não”. O porteiro volta a fazer perguntas a investigada, desta vez, sobre o valor do imunizante. “Mas é mais barato, não é?”, questiona. Segundo Cláudia, a dose estava sendo comercializada a R$ 600.
Veja o vídeo:
O vídeo, a princípio, reforça a tese dos investigadores de que Cláudia já aplicava vacinas contra o coronavírus de forma ilegal há, pelo menos, um mês antes do esquema articulado pelo empresariado de transportes de BH.
A suspeita é de que as outras vítimas tenham sido moradores de bairros nobres da capital mineira. Ela foi presa na noite de 30 de março.
Os investigadores têm indícios de que Cláudia, que na verdade é cuidadora de idosos, tinha um esquema de vacinação em domicílio desde o início do mês de março.
Claudia é a mulher de jaleco que aparece em um vídeo vacinando empresários, políticos e parentes em uma garagem de uma empresa em Belo Horizonte.
Entre os empresários vacinados, estão o ex-senador e ex-vice-governador de Minas Gerais Clésio Andrade, segundo reportagem divulgada pela revista Piauí.
Na casa de Cláudia, os investigadores encontraram seringas e ampolas de soro fisiológico. Não foi encontrado imunizante contra a Covid-19. Para a polícia, isso reforça a hipótese de que as pessoas que pagaram para serem vacinadas foram enganadas.
A defesa de Cláudia disse que ela possui bons antecedentes e não tem qualquer condenação criminal.