Três executivos do Banco Paulista são presos em nova fase da Lava Jato
Segundo Polícia Federal, acusados lavaram R$ 48 milhões. Outros R$ 280 milhões estão sendo investigados
atualizado
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A Polícia Federal (PF) prendeu três executivos do Banco Paulista S.A., nesta quarta-feira (08/05/2019). Eles são acusados de participar esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 48 milhões do Grupo Odebrecht. Outros R$ 280 milhões ainda estão sendo investigados. A ação faz parte da 61ª fase da Operação Lava Jato.
As prisões ocorreram em São Paulo. Gerson Luiz Mendes de Brito (diretor-geral), Tarcísio Rodrigues Joaquim (diretor da área de câmbio) e Paulo Cesar Haenel Pereira Barreto (funcionário da mesa de câmbio do banco) tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos.
É a primeira vez que a Lava Jato cumpre mandados na sede de um banco. Paulo Cesar é suspeito de receber valores em espécie e manter contato com integrantes do “Setor de Operações Estruturadas” do Grupo Odebrecht. Já Tarcísio e Gerson são suspeitos de assinar contratos falsos.
Em nota, o Banco Paulista afirmou que “a área de câmbio foi surpreendida hoje com uma operação da Polícia Federal em sua sede. A instituição está colaborando com as autoridades e retomando suas operações regulares.”
Nova fase da Operação Lava Jato
Nesta quarta-feira (08/05/2019), a Policia Federal deflagrou a 61ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de Disfarces de Mamom, a ação tem como alvo uma instituição bancária sediada em São Paulo. O Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal também participam da operação.
Ao todo, cerca de 170 policiais federais cumprem três mandados de prisão preventiva e 41 de busca em apreensão em 35 locais. Além de São Paulo, as cidades do Rio de Janeiro e de Porto Alegre também são alvos. Os documentos foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
O suposto esquema de lavagem de dinheiro é liderado por executivos do Banco Paulista S.A. São eles: Paulo Cesar Haenel Pereira Barreto, Tarcísio Rodrigues Joaquim e Gerson Luiz Mendes de Brito.
De acordo com a PF, os suspeitos contratavam empresas de fachada, que emitiam notas fiscais e contratos fictícios para justificar serviços não prestados, e, assim, camuflar pagamentos feitos e recebidos pela entidade localizada no exterior.
Segundo a PF e o MPF, ao menos R$ 48 milhões repassados pela empreiteira, no exterior, a seis executivos desse setor foram lavados entre 2009 e 2015. Outros repasses suspeitos pagos a empresas aparentemente sem estrutura, que somam R$ 280 milhões, também são objeto de investigação.