Terroristas do Hezbollah têm ligação com o tráfico do Rio
Investigação começou após prisão de chefão do CV e do PCC durante o Carnaval de 2018, no Rio
atualizado
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Uma ligação entre o grupo terrorista libanês Hezbollah e traficantes do Rio de Janeiro está sendo, aos poucos, revelada por investigadores da polícia. O esclarecimento da situação partiu, sobretudo, após a prisão, em fevereiro de 2018, de Elton Leonel Rumich, conhecido como “Galant”. As informações são do O Dia.
“Em breve, uma investigação revelará a ligação entre o tráfico e o Hezbollah”, disse o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, durante uma coletiva nessa sexta-feira (19/07/2019). O líder do Executivo no estado não citou nomes, mas falava, na verdade, sobre o Galant.
Apontado como um dos chefões do CV e do PCC, Galant era procurado pelas polícias do Brasil e do Paraguai. Ao ser preso pela Delegacia Especializada em Armas e Explosivos (Desarme), enquanto fazia uma tatuagem em Ipanema (RJ), chegou a oferecer R$ 7 milhões aos agentes para não ter cinco celulares e uma caderneta levados.
As investigações continuaram. O Desarme solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a listagem de nomes de pessoas que realizaram transações financeiras com Galant. Extraordinariamente, o Coaf respondeu com uma lista de 30 mil pessoas, revelando, portanto, uma larga rede.
Entre os 30 mil nomes, estão supostos terroristas investigados na lavagem de dinheiro do tráfico na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A Polícia Federal acredita que a venda de drogas foi usada como uma das fontes de financiamento dos terroristas. Além disso, o grupo libanês abriu canais para o contrabando de armas destinadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho (CV).