Suspeito de estuprar e matar enteada de 2 anos tem prisão decretada
O acusado é o padrasto da vítima e tem 59 anos. O caso ocorreu na sexta-feira (16/6), no município de Paulo Afonso
atualizado
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A Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito de estuprar e matar Maria Eduarda de 2 anos, na Bahia. O criminoso, segundo a Polícia Civil, seria o padrasto da vítima e tem 59 anos. Ele não teve a identidade revelada. O pedido de prisão foi expedido no sábado (16), um dia após o crime ocorrido no município de Paulo Afonso, no norte do estado.
Ao G1, a delegada Juliana Pontes, titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Paulo Afonso, informa que o suspeito está preso. Ele foi detido em flagrante na sexta-feira. O homem segue custodiado na delegacia da cidade e será encaminhado para o Conjunto Penal de Paulo Afonso na segunda-feira (19).
A delegada conta que o homem nega a autoria do crime. Porém, a polícia tem convicção, segundo ela, de que ele violentou a enteada. Juliana Pontes acrescenta que o laudo da necropsia confirmou que Maria Eduarda sofreu estupro antes de perder a vida. E mais: a polícia afirma que achou comprimidos de estimulante sexual no bolso da bermuda do suspeito. A titular da Deam relata que o homem negou o uso do remédio no dia da tragédia.A delegada narra também que o suspeito contou, em interrogatório, que estava sozinho com a vítima e outros dois enteados, de 5 e 8 anos, em casa, quando levou Maria Eduarda para dar banho. O acusado relatou que, naquele momento, deixou as outras crianças em outro cômodo da casa. “Ele disse que ela (Maria) começou a gritar. No quarto ela parou [desmaiou] e foi para o hospital, onde não resistiu”, conta a delegada.
Juliana Pontes acrescenta que a menina sofreu cinco paradas cardíacas no hospital. A mãe da criança, que aparenta ter distúrbios mentais, estendia roupas no quintal no momento do crime. De acordo com a delegada, a mulher só entrou em casa ao ouvir os gritos da filha. “Quando ela entrou no quarto a menina já estava desmaiada”, disse.
A mãe prestou esclarecimentos na delegacia e foi liberada em seguida. A polícia informa que ela e homem estavam juntos havia apenas dois meses.
O corpo de Maria Eduarda foi liberado do Instituto Médico legal (IML) de Paulo Afonso no sábado, quando começou a ser velado e sepultado.