Rio: polícia investiga superfaturamento no preço da água
Nos mercados, as prateleiras do produto têm esvaziado acima do comum e o mesmo também acontece onde são distribuídos os galões
atualizado
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Comércios e empresas que estão superfaturando o preço da água no Rio de Janeiro, após a crise hídrica que levou às torneiras das zonas Oeste e Norte da cidade uma água barrenta, com gosto e cheiro de terra, são alvos de inquéritos da Delegacia do Consumidor (Decon), a partir desta sexta-feira (17/01/2020). As informações são do Extra.
Uma das investigações é contra um comerciante de Jacarepaguá, que aumentou em mais de 400% o valor cobrando por um litro de água. O homem já foi intimado e deverá prestar esclarecimentos na segunda-feira (20/01/2020).
Também nesta sexta, o delegado Mário Jorge Ribeiro, titular da Decon, entrou em contato com o presidente do Procon estadual, Cássio da Conceição Coelho, solicitando os inquéritos e autuações feitas pela autarquia nos últimos dias de locais que estão com os preços abusivos.
“Não justifica esse preço abusivo. A instabilidade hídrica não pode ser um protesto para que os comerciantes e empresários aumentem o preço. Infelizmente, tem comerciantes que estão se valendo desse momento para lucrarem injustamente”, disse Ribeiro.
O delegado orientou a população a denunciar locais que estejam repassando a água acima do valor.
Geosmina
A crise no abastecimento de água da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), na Região Metropolitana do Rio, com a presença de pelo menos uma substância na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, identificada como geosmina, tem causado um aumento instantâneo na procura por água mineral.
Enquanto nos mercados as prateleiras do produto têm esvaziado acima do comum, o mesmo também acontece onde são distribuídos os galões.
Na quarta-feira (15/01/2020), a reportagem do Extra encontrou pelo menos 38 caminhões parados em frente à fábrica da Cascataí, em Cachoeiras do Macacu, uma das principais fornecedoras do Rio.