Procurador da Fazenda esfaqueia juíza dentro do TRF em São Paulo
Homem foi imobilizado por servidores do tribunal e preso. Além de ter desferido a facada, teria jogado jarra de vidro na direção da vítima
atualizado
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O procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção foi preso nesta quinta-feira (03/10/2019) depois de tentar matar uma juíza com uma facada no pescoço na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que fica na avenida Paulista, em São Paulo. O procurador invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras e a atacou, mas não conseguiu feri-la com gravidade, de acordo com as primeiras informações.
O procurador, de acordo com a revista eletrônica Conjur, já havia se mostrado “alterado” ao despachar com uma outra desembargadora no mesmo local. Ele teria invadido a sala da juíza e, além de ter desferido a facada, teria jogado uma jarra de vidro na direção dela, mas errou o alvo.
O fato de a mesa dos desembargadores ser larga teria dificultado o ataque, mas mesmo assim, a magistrada foi ferida perto da jugular, segundo uma testemunha.
Assunção foi imobilizado por servidores do tribunal, que ouviram o barulho da jarra quebrando, e preso pela polícia judicial. A previsão é de que o servidor público fosse levado para a sede da Polícia Federal em São Paulo na noite desta quinta. Ele ainda não tem advogado constituído.
Ainda de acordo com o Conjur, testemunhas disseram que o procurador parecia estar em surto e dizia frases sem sentido sobre “corrupção no Brasil” e sobre “fazer um protesto”. Ele ainda teria dito que deveria ter entrado armado no tribunal, “para fazer o que Janot deixou de fazer”.
Sindicância
Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que “determinou a imediata abertura de sindicância investigativa no âmbito da instituição”.
“Preliminarmente a AGU foi informada que a tentativa de homicídio ocorreu na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. O advogado-geral da União lamenta o ocorrido, fará todos os esforços para apurar o ocorrido, se coloca à disposição da vítima e repudia todo e qualquer ato de violência”, diz a nota.