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Preso pela PF, DJ afirmou que foi hackeado por Walter Delgatti

Quatro pessoas estão detidas por suspeita de invadirem aparelhos de diversas autoridades, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (PSL)

atualizado

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Reprodução/EPTV
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1 de 1 hackers-suspeitos-Moro - Foto: Reprodução/EPTV

Em depoimento à Polícia Federal, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos informou que teve o telefone hackeado por Walter Delgatti Neto. Os dois estão presos desde a última terça-feira (23/07/2019), suspeitos de terem invadido celulares do presidente Jair Bolsonaro (PSL), do ministro Sergio Moro, de procuradores, desembargadores e delegados de polícia.

Questionado, o advogado de Gustavo, Ariovaldo Moreira, explicou que Walter hackeou o telefone “para se gabar”. “Ele queria mostrar que era um hacker de alto nível, esse era o único propósito dele”, afirmou.

O DJ e a esposa, Suelen de Oliveira – também presa durante a Operação Spoofing –, negam a participação na clonagem dos aparelhos celulares. De acordo com Moreira, Walter, conhecido como Vermelho, teria mostrado as mensagens a Gustavo, que o alertou para que parasse com as invasões, pois poderia se envolver em um crime.

Entenda
Nessa terça-feira, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas suspeitas de hackearem os celulares de diversas autoridades. Os investigadores apontaram que mais de 1 mil pessoas tiveram os aparelhos invadidos.

A operação, que também cumpriu sete mandados de busca e apreensão, ocorreu em São Paulo, na capital e em Araraquara. Além de Gustavo, Suelen e Walter, os policiais prenderam Danilo Marques. As ordens judiciais foram expedidas pela 10ª Vara de Brasília, assinadas pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.

Os suspeitos foram trazidos a Brasília para prestar depoimento e, na noite dessa sexta (26/07/2019), a Justiça prorrogou a prisão temporária dos quatro.

Em depoimento, Walter confirmou ter invadido os celulares e que, conforme versão inicial, queria vender as informações para o Partido dos Trabalhadores. Após novas divulgações, o hacker teria entrado em contato com a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). Ela confirmou que passou para Vermelho o contato do jornalista Glenn Greenwald, diretor do site The Intercept Brasil, que tem publicado uma série de reportagens com conversas entre Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.

Até o momento, no entanto, não há nenhuma prova que ligue o jornalista ao grupo suspeito de hackear os telefones.

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