Polícia Federal investiga se filhos de Bolsonaro foram hackeados
A PF suspeita que mais de 1 mil pessoas tiveram o celular clonado, entre políticos, desembargadores, juízes e delegados de polícia
atualizado
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A Polícia Federal investiga se os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) Flávio, Carlos e Eduardo foram hackeados, segundo o colunista Guilherme Amado. Nessa quinta-feira (26/07/2019), o Ministério da Justiça informou que dois celulares do chefe do Executivo foram clonados.
Além dos três, a mulher do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fernanda, pode ter sido hackeada segundo a polícia. Isso porque ela teria recebido uma mensagem do próprio número há alguns meses.
A PF suspeita que mais de 1 mil pessoas tiveram o celular clonado, entre políticos, juízes e delegados de polícia. Na lista estão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha.
Com a descoberta das clonagens, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, informou às autoridades vítimas da invasão que o conteúdo de mensagens obtido de forma ilegal vai ser destruído. Para o ministro, não há a necessidade de o material ser analisado.
No entanto, a Polícia Federal afirmou, em nota oficial divulgada nessa quinta-feira (25/07/2019), que as mensagens apreendidas com os hackers não serão destruídas.
Entenda
Um grupo de quatro pessoas foi preso na última terça-feira (23/07/2019), no âmbito da Operação Spoofing, suspeitas de clonarem celulares de autoridades brasileiras, entre elas o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Justiça, Sergio Moro.
Um deles, Walter “Vermelho”, confessou ter invadido os celulares. Os quatros, presos em São Paulo, foram trazidos a Brasília para prestar depoimentos e estão detidos na sede da Polícia Federal.