Polícia fecha matadouro clandestino, apreende animais e prende 15 pessoas
A Operação Desbate começou com denúncias de que a carne estaria sendo vendida no mercado público de Abreu e Lima
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil e Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), em Recife (PE), realizaram na sexta-feira (25/9) a Operação Desbate, que fechou um matadouro clandestino, apontado como sem condições de higiene para o abate e venda de carnes para mercados públicos.
Na ocasião, as equipes apreenderam dois caminhões cheios de madeira extraída ilegalmente, totalizando 10 toneladas. Também foram presas 15 pessoas, dentre elas um adolescente.
De acordo com a delegada Thaís Galba, responsável pelas investigações, eles foram autuados por crimes contra a saúde pública, paz pública e meio ambiente, além de corrupção de menor e posse de arma de fogo adulterada.
“Eles foram autuados pelos crimes ambientais, por maus-tratos que terminam em morte, uma vez que havia animais sendo sacrificados. Houve extração irregular de madeira e ainda corrupção de menor. O dono da área estava ensinando o neto dele como é que faz o abate”, disse a delegada, durante coletiva nesta segunda-feira (28/9).
A operação
De acordo com a Polícia Civil, a Operação Desbate começou a partir de denúncias de que a carne estaria sendo vendida no mercado público de Abreu e Lima.
O abate era feito em uma mata. “Os donos colocaram uma lona para tentar despistar, mas não conseguiram, já que chegaram as denúncias até a polícia”, disse a delegada
Também foi apreendido material usado para o abate, como sete facas de corte, uma foice e um machado. Na casa do dono do terreno foi encontrada uma espingarda calibre .12, de cano cerrado, com munições.
Os animais
A delegada afirmou ainda que durante a operação era possível ouvir os animais uivando antes de ser sacrificados. A polícia também encontrou no local um bode abatido e outro que seria sacrificado. Também estavam no matadouro outros 27 animais – 19 porcos e oito bois.
O proprietário
Segundo a corporação, o proprietário tentou se justificar, repassando informações que os policias já sabiam que não eram verdadeiras.
“Ele tentou dizer, primeiro, que a carne era para churrasco de família. Depois, alegou que vendida de vez em quando para o mercado. Sabemos que isso não é verdade e que o produto era comercializado, sim”, finalizou.