Polícia Civil do Rio faz busca na casa do vereador Marcello Siciliano
Ele foi citado por uma testemunha como um dos mandantes do atentado que vitimou Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre na manhã desta sexta-feira (14/12) mandado de busca e apreensão na casa do vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano (PHS). A ação faz parte da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, crime que completa nove meses nesta sexta.
Siciliano não foi encontrado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes. Os policiais apreenderam tablets, HD externo e cds.
Os policiais também fizeram buscas no gabinete de Siciliano na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no centro. Os agentes chegaram por volta das 6h, tentaram achar um chaveiro, mas precisaram arrombar a porta do gabinete, de onde retiraram computadores, tabletes e um HD externo. Após a busca, a polícia lacrou o local.
O vereador já foi apontado por uma testemunha como um dos mandantes do crime, em maio deste ano. Ele chegou a prestar depoimento na ocasião, negando sua participação. Na tese da polícia, o miliciano Orlando Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, ligado a Siciliano, seria também um dos articuladores dos assassinatos.
A operação de prisão de suspeitos do crime teve início na quinta (13/12). Equipes da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro cumpriram 15 mandados de busca e apreensão e de prisão relativos à investigação em diversos municípios.
Agentes estiveram na zona oeste do Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em Angra dos Reis, na Costa Verde, em Petrópolis, na região serrana do Rio e em Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Os resultados das buscas, no entanto, ainda não foram divulgados. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o general Richard Nunes, secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro informou que a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta porque milicianos acreditaram que ela podia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste da capital fluminense.
De acordo com o general, o crime estava sendo planejado desde 2017, muito antes de o governo federal decidir decretar a intervenção federal na segurança publicada.