Polícia apura uso de esmalte e cola como curativo de “Dra. Enfermeira”
Os materiais foram encontrados em meio a medicamentos vencidos em salão interditado. Testemunha apontou recomendação
atualizado
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Policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) investigam se a auxiliar de enfermagem Fernanda Silva Almeida, de 39 anos, a “Dra. Enfermeira”, usava cola instantânea e esmalte como curativo para aplicações de silicone industrial. As informações são do jornal Extra.
Dona de um salão de beleza em Nova Iguaçu, onde funcionava uma clínica clandestina, Fernanda foi presa em flagrante na quarta-feira (1º/8), acusada de realizar procedimentos estéticos e de desviar produtos e medicamentos do Hospital Municipal Pedro II.
De acordo com o jornal carioca, uma ex-paciente da falsa enfermeira, sob condição de anonimato, contou que, após ter feito o procedimento de bioplastia, começou a sentir um líquido transparente saindo pelos pontos onde Fernanda teria aplicado o produto.
“Lembro de ter falado com a Fernanda que estava achando estranho o líquido escorrendo pela minha perna, e ela disse que era para eu apenas passar um pouquinho de esmalte nos locais. Umas outras meninas com quem conversei depois disseram que ela costumava colocar um pouco de cola instantânea logo após os procedimentos e, na verdade, usava silicone industrial no lugar do Metacril”, disse a testemunha.
De acordo com a delegada titular da Decon, Daniela Terra, em meio às caixas de Metacril, medicamentos vencidos e frascos de silicone industrial encontrados no salão da “Dra. Enfermeira”, os investigadores acharam muitos tubos de cola instantânea.
“Nós estamos esperando que outras vítimas da Fernanda possam vir à delegacia para contar sobre as experiências que já tiveram com ela. Em seu depoimento informal, ela admitiu que fazia as aplicações de Metacril nas clientes, mas nega que tenha usado silicone industrial”.