PM mata quatro pessoas em briga em pizzaria de Porto Alegre
Câmeras registraram o momento em que policial entrou no restaurante para se proteger. Ele se apresentou e alegou legítima defesa
atualizado
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A Polícia Civil de Porto Alegre apontou um policial militar como autor de disparos que mataram quatro homens dentro de uma pizzaria na zona norte da capital gaúcha, por volta das 5h deste domingo (13/6). As informações são do jornal Zero Hora.
Conforme a Polícia Civil, o policial se apresentou na Delegacia de Pronto-Atendimento (DPPA) com a arma, prestou depoimento e disse que agiu em legítima defesa.
A cena foi flagrada por uma câmera de vigilância da pizzaria, na Avenida Manoel Elias, próximo ao cruzamento com a Avenida Protásio Alves, no bairro Mario Quintana.
As imagens corroboram a versão do policial, de acordo com os primeiros levantamentos.
O policial contou que ele passou por uma festa em uma residência próxima ao local do crime procurando a ex-namorada, quando quatro homens e duas mulheres saíram da casa onde estava ocorrendo o evento e passaram a atacá-lo.
Ainda de acordo com a reportagem, o policial contou que o grupo correu atrás dele, que buscou refúgio na pizzaria. As imagens mostram o PM tentando se esconder. Ele avisou aos demais que estava armado.
“Temos as imagens que mostram que ele tentou evitar, se escondeu e usou um armário ou uma porta para se proteger. Tiraram essa proteção e foram para cima dele, seis pessoas. Até aí, nos parece que foi legítima defesa. O policial se apresentou na delegacia espontaneamente e, a princípio, não vai ser preso. Vamos averiguar todas as circunstâncias e aprofundar as investigações para ver se ele não tinha alternativa. Parece-nos que ele tentou evitar o confronto. Pelo vídeo, corria até o risco de as pessoas tirarem a arma dele, e ele ser morto”, contou a diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, delegada Vanessa Pitrez.
As investigações da 5ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital, responsável pelo caso, ainda precisam esclarecer o motivo pelo qual o grupo perseguiu o policial, e se ele tinha alguma relação com as vítimas.
Durante a apuração, o policial deve ser afastado das funções.