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PM: funcionários do Vasco podem ter facilitado entrada de bombas

Major Hilmar Faulhaber salienta que não houve negligência policial e não crê que o clube tenha incentivado a baderna

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ANTONIO MARCOS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
VASCO FLAMENGO são januário
1 de 1 VASCO FLAMENGO são januário - Foto: ANTONIO MARCOS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, major Hilmar Faulhaber, afirmou neste domingo (9/7) que, provavelmente, as bombas lançadas no gramado de São Januário após a derrota para o Flamengo, no sábado (8), não estavam com os torcedores no momento da revista para entrar no estádio.

Ele conta que o número de artefatos era “muito maior” do que em outras partidas e considera a possibilidade de os explosivos terem entrado no local via funcionários do cruz-maltino ou vendedores ambulantes.

Porém, o major salienta que não houve negligência por parte da polícia. Ele também não acredita que o Vasco tenha motivado esse tipo de ação. As informações são do jornal O Globo.

“As pessoas que trabalham no estádio chegam antes do policiamento e podem ter entrado com as bombas escondidas. Ou até em dias anteriores ao jogo. São cerca de mil pessoas. Quem garante que elas não têm ou não tiveram relação com as organizadas?”, indaga Faulhaber. “A quantidade de bombas era muito maior do a de outros jogos. Não foi normal, eram muitas bombas”, avaliou. O major acrescentou que após o episódio “ligou-se o sinal vermelho, de alerta” da corporação.

Faulhaber lembra que desde o início do clássico as torcidas organizadas do Vasco já estavam “se estranhando”. O que, na avaliação dele, sinalizava briga generalizada. O policial acredita que vascaínos premeditaram a confusão e destacou que a briga não foi entre torcidas rivais, mas de um único time.

Morte
Após o apito final, torcedores do Vasco invadiram e lançaram artefatos caseiros no campo. A Polícia Militar reagiu atirando bombas de efeito moral nas arquibancadas e chegou a algemar um torcedor no gramado. Fora do estádio, a confusão foi ainda maior. Um tiro atingiu o vascaíno David Rocha Lopes, 27 anos, no peito. Ele foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, mas chegou ao local sem vida.

Após a confusão, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, pediu desculpas aos cruz-maltinos. O cartola afirmou que tomou todas as medidas de seguranças necessárias e atribuiu a confusão a grupos políticos. Para ele, a briga generalizada foi praticada por “vândalos” e “bandidos” e foi premeditada.

Campeonato Brasileiro
O único gol do clássico, válido pela 12ª rodada da Série A, foi marcado por Everton, de cabeça, após receber cruzamento de Éverton Ribeiro. O Flamengo chegou à quarta vitória consecutiva, soma 23 pontos e se mantém na caça ao líder, Corinthians, que tem 32. O Vasco tem 16. Na próxima rodada, o rubro-negro receberá o Grêmio. O cruz-maltino, por sua vez, vai enfrentar o Vitória, fora de casa.

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